Da Redação
MANAUS – Em Manaus desde 2018, a bióloga Zaida Maria Fermin, 49, é a primeira imigrante venezuelana a ter o diploma revalidado no Brasil, informou a Acnur (Agência da ONU para Refugiados). Zaida é também doutora em ciências da educação. “Agora vou poder retribuir tudo o que o Brasil fez por mim, ensinando tudo o que aprendi”, disse.
A revalidação foi em parceria com Associação Compassiva, implementada pela UEA (Universidade do Estado do Amazonas). Só em 2019, 60 processos de revalidação foram submetidos para análise no Estado.
“É um grande sonho que estou realizando. Decidi deixar a Venezuela pra buscar uma nova oportunidade para os meus filhos, pois gostaria que todos estudassem e no momento isso não seria possível por lá. Consegui tirar nossos documentos por aqui e então decidi dar entrada no processo de revalidação do diploma para que pudesse voltar à minha missão de ser professora. O próximo passo é conseguir um emprego na minha área”, disse Zaida, que viajou com marido e dois filhos de Puerto Ordaz para Manaus.
Em Manaus, a UEA foi a primeira a aceitar processos de revalidação de venezuelanos. A Ufam (Universidade Federal do Amazonas) também conta com uma solicitação de revalidação em tramitação.
Para obter a revalidação de diploma no Brasil, é preciso submeter uma série de documentos junto às universidades públicas do país, que fazem a análise da equivalência da titulação segundo os critérios educacionais locais.