Por Daisy Melo, da Redação
MANAUS – Após um alta de 5,5% em março, a produção da indústria do Amazonas apresentou queda de -1,9% em abril na comparação com o mês anterior. Em contrapartida, a indústria da Zona Franca de Manaus apresenta resultados superiores neste ano na comparação aos resultados de 2016.
Estes índices positivos foram puxados, principalmente, pelo crescimento da produção de aparelhos de ar-condicionado, televisores e computadores. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O PIM (Polo Industrial de Manaus) produziu 7,7% a mais em abril de 2017 em relação a igual mês do ano anterior. No terceiro mês deste ano, a produção havia caído -8,0% em comparação a março de 2016. Em abril deste ano, seis das dez atividades pesquisas tiveram aumento na produção.
A maior alta de 24% foi registrada pelo setor de informática, eletrônicos e ópticos impulsionada pela fabricação de TVs e computadores pessoais portáteis, como laptops, notebook, handhelds e tablets.
Também apresentaram resultados positivos em abril deste ano os segmentos e de máquinas e equipamentos (49,7%), impulsionado pela produção de terminais comerciais de autoatendimento e aparelhos de ar-condicionado para uso central. No caso de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, a alta de 18,2% foi estimulada, principalmente, pela maior fabricação de fornos de micro-ondas.
Já o aumento de 8,6% do setor de bebidas é explicado pela maior produção de preparações de xaropes para elaboração de bebidas. O aumento de 7,2% no setor produtos derivados do petróleo e biocombustíveis foi puxado pelo crescimento na produção de gasolina automotiva e óleos combustíveis.
Outras atividades industriais apresentaram queda em abril em relação ao mesmo mês do ano passado. Os principais resultados negativos foram no segmento de impressão e reprodução de gravações (-47%) e nas indústrias extrativas (-12,9%).
Estes índices negativos, de acordo com a pesquisa do IBGE, foram motivados pela menor produção de discos fonográficos reproduzidos a partir de matrizes e de óleos brutos de petróleo e gás natural, respectivamente.
Quadrimestre
Considerando os quatro primeiros meses deste ano, a indústria do Amazonas apresentou expansão de 2,6% frente a igual intervalo de 2016. Com esse resultado, o setor reverteu a queda registrada no último quadrimestre do ano passado (-4,0%).
Os segmentos que apresentaram resultados mais relevantes, neste período, foram de máquinas e equipamentos (107,3%), impulsionado pela produção de aparelhos de ar-condicionado; informática, produtos eletrônicos e ópticos (30%), explicado pela maior produção de TVs; e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (34,2%), observado devido à alta na fabricação de forno micro-ondas.
No quadrimestre, alguns setores apresentaram resultados negativos. Foi o caso de bebidas (-14,5%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,3%), motivados, respectivamente, pela queda na fabricação de preparações de xarope para elaboração de bebidas e de naftas para petroquímica, óleo diesel e gás liquefeito de petróleo.
Brasil
O Amazonas foi um dos nove locais pesquisados que apresentaram queda na produção industrial em abril. As altas foram registradas apenas em Santa Catarina (1,2%), na Região Nordeste (0,6%), Pernambuco (0,6%), Ceará (0,6%) e Minas Gerais (0,5%). A média nacional foi de 0,6% em abril em relação a março.
Na contramão, a produção industrial caiu no Rio de Janeiro (-1,9%), Paraná (-1,6%) e Goiás (-1,3%). As demais taxas negativas foram assinaladas por Rio Grande do Sul (-0,8%), Pará (-0,8%), Bahia (-0,7%) e São Paulo (-0,1%), o principal parque industrial do País