
Do ATUAL
MANAUS – O procurador de Justiça José Bernardo Ferreira Júnior emitiu, na quarta-feira (21), parecer contrário à soltura de Ademar Farias Cardoso Neto, Hatus Moraes Silveira e José Maximo Silva de Oliveira. Eles foram presos na Operação Mandrágora, da Polícia Civil do Amazonas, que apura o tráfico e uso de cetamina (também conhecida como ketamina) em Manaus.
O caso teve repercussão nacional por conta da morte de Dilemar Cardoso Carlos da Silva, a Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do boi Garantido. Ela usava o medicamento, que é um forte analgésico usado em cavalos, para ficar em transe. A polícia afirma que o uso da droga fazia parte de uma seita.
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Ademar foi preso no dia 30 de maio junto com a mãe, Cleusimar Cardoso Rodrigues, dois dias após a morte de Didja. No pedido de liberdade, ele alegou que não vendia cetamina, apenas tinha para uso próprio.
Hatus Silveira e José Máximo foram presos, respectivamente, nos dias 7 e 8 de junho. Eles alegaram, no habeas corpus, que não há provas contra eles.
Ademar, Hatus e José foram denunciados pelo Ministério Público do Amazonas por tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Ao analisar o pedido, o procurador José Ferreira Júnior afirmou que o trio representa “um grave perigo à sociedade” e que a manutenção da prisão deles é necessária para “preservação da ordem pública”. Conforme o procurador, os presos cometeram crime “em circunstâncias graves”, agravada pela tentativa de atrapalhar as investigações por parte de Hatus e José Máximo.
“O paciente Ademar Farias Cardoso Neto, além de utilizá-la para consumo próprio, também aplicava em suas companheiras. O Paciente José Máximo Silva de Oliveira, utilizando de sua profissão e abusando de sua autorização profissional, fazia a distribuição irregular dos medicamentos, sendo o responsável por viabilizar o abastecimento da droga para a referida Seita. Por fim, o paciente Hatus Moraes da Silveira intermediava a distribuição e a aquisição de Cetamina”, afirmou o procurador.
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