Da Redação
MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, disse nesta quinta-feira, 23, em reunião técnica da Câmara dos Deputados que debateu, por meio de videoconferência, a situação do Amazonas diante do avanço da Covid-19, que “Manaus não tem a menor condição de se abrir completamente para a atividade econômica, mais pessoas vão se contaminar e buscar auxílio médico”.
Em vez de pensar em reabrir o comércio, o prefeito pediu mais rapidez no atendimento às necessidades do Estado pelo governo federal.
“Precisamos de pressa, de uma rapidez comparada ao avanço desse vírus. A máquina burocrática do governo federal não aprendeu ainda a andar na mesma velocidade. Precisamos de medicamentos específicos, de pessoal, de EPIs, de tomógrafos, enfatizei isso ao vice-presidente Hamilton Mourão, que esteve em Manaus, com a ideia de adaptarmos nossas Unidades Básicas de Saúde para fazer a triagem de pacientes”, relatou o prefeito.
A pauta foi realizada pela Comissão Externa, destinada a acompanhar ações preventivas da vigilância sanitária e possíveis consequências para o Brasil quanto ao combate à pandemia, presidida pelo deputado federal do Rio de Janeiro, Luiz Antônio Teixeira Jr.
“Precisamos casar as duas coisas, as necessidades na saúde, como relatei, e uma ajuda da equipe econômica do governo federal, preparando grandes empresas e subsidiando pequenos empresários”, disse Arthur, do defender a manutenção do isolamento social.
“A cidade parecia em festa no feriado e não falta decreto meu e do governador. Inclusive, não vi outro caminho que não fosse a união com o Estado”, afirmou.
O prefeito também destacou que o hospital de campanha da prefeitura, instalado em quatro dias na estrutura de uma unidade de ensino prestes a ser inaugurada, deve chegar a 279 leitos, ao passo que alertou que o número de sepultamentos em Manaus só cresce e que, por isso, outras providências estão sendo planejadas.
“Estamos inventando soluções, criando possibilidades, como a ampliação de mais leitos e a parceria com um crematório em um município vizinho”, citou.
“O que o Brasil precisa é de diagnóstico precoce, por meio de tomografia, para o paciente iniciar o tratamento o quanto antes e evitar a hospitalização. Falo isso diante da experiência de estar fazendo o acompanhamento”, disse Ricardo Nicolau, diretor do Grupo Samel e que dirige o hospital de campanha do município.