Da Redação
MANAUS – Ao sugerir a escolha de um cristão para o cargo de prefeito de Manaus nas eleições de 2020, o superintendente da Suframa, Alfredo Menezes, disse que a administração pública “precisa ter, entre os gestores, pessoas com famílias menos conturbadas”. Menezes defendeu a eleição do “novo”, mas frisou: “Nós queremos o novo preparado”.
“Se você não recebe e não dá amor, aquela troca de administração familiar, como é que tu vai administrar o Estado? O Estado, que eu falo, é no sentido lato senso da palavra. As famílias estão quebradas, estão desorganizadas. Então, por que não um cristão? Por que não um militar?”, afirmou Menezes, em entrevista exclusiva ao ATUAL na manhã desta segunda-feira, 30.
O superintendente da Suframa, que é capitão da reserva do Exército, disse que o “novo” sugerido por ele tem que ter experiência. “Nós queremos o novo preparado, que tenha gestão pública, que tenha sido ordenador de despesa. Porque o velho – não estou me referindo a nada pejorativamente -, esse grupo que está aí, a gente já conhece todos eles. A sociedade já conhece. Então, vamos dar chance ao novo”, afirmou.
Sem citar nomes, Menezes disse que há militares que “estão colocando seus nomes à disposição” para disputar o próximo pleito e afirmou que os colegas de farda “são mais disciplinados”. “Os militares não tem problemas – quer dizer, não tem na dimensão do que está apresentado aí – problemas com drogas, com cinco ou seis CPFs, com vícios. Nós somos mais disciplinados, os nossos vícios são pouquinhos, são moderados”, disse Menezes.
Ao ser questionado em qual partido se filiará, caso o Aliança Pelo Brasil, do presidente Jair Bolsonaro, não consiga ser criado em tempo hábil, Menezes afirmou que ele está “nas mãos do presidente”. “Tenho algumas preferências, algumas identificações. Nessa parte política, eu estou na mão do presidente. Nós militares temos lealdade”, disse.
O superintendente também disse que ainda não conversou com o presidente Jair Bolsonaro sobre o pleito de 2020, mas sabe que Bolsonaro apoiará candidatos que ele tem afinidade e confiança, independente de estarem em outro partido.
Sobre a busca de apoio de “velhos” políticos, Menezes afirmou que o grupo selecionará aqueles que possam ser leais ao projeto. “Todos já ficaram entre eles, todos já traíram entre eles e todos se amam entre eles. Então, a gente não sabe, realmente, o que é. Agora, não tenho dúvida: em toda regra, há exceção”, disse Menezes.