Por Felipe Campinas, do ATUAL
MANAUS – Pré-candidatos a prefeito de Manaus gastaram entre R$ 14 mil e R$ 118,7 mil com impulsionamento de conteúdo no Facebook e no Instagram entre abril e julho deste ano, segundo dados da Meta, que controla as plataformas digitais. A maior despesa foi do prefeito David Almeida (Avante), que disputará a reeleição. O professor Gilberto Vasconcelos (PSTU) foi o único que não gastou com as redes sociais.
No período da pré-campanha, o impulsionamento de conteúdo é permitido pela legislação, desde que não haja ofensa a candidatos ou pedido de votos.
De acordo com a Meta, as despesas dos oito pré-candidatos a prefeito no período de 29 de abril e 27 de julho alcançaram R$ 406,8 mil. Eles promoveram cerca de 1,8 mil anúncios. Cada vídeo pode ser anunciado mais de uma vez, seguindo estratégias de publicidade. O preço para ampliar o alcance das publicações nas redes sociais é definido por quem anuncia.
David gastou R$ 118,7 mil com 269 anúncios, a maioria exaltando as ações dele como prefeito.
O deputado federal Alberto Neto (PL) teve a segunda maior despesa com impulsionamento: R$ 84,4 mil, com 401 anúncios. O candidato do PL investiu em vídeos em que aparece recebendo apoio de lideranças da direita, como ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Nikolas Ferreira.
A empresária Maria do Carmo Seffair (Novo), que na última quinta-feira (25) foi apresentada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como candidata a vice de Alberto Neto, gastou R$ 79,6 mil com cerca de 128 anúncios. Nos vídeos patrocinados, ela critica a gestão de David, exalta a trajetória dela e propõe ideias para solucionar problemas crônicos da capital.
O deputado federal Amom Mandel (Cidadania) pagou R$ 52,3 mil para ampliar o alcance de vídeos em que ele faz duras críticas ao atual prefeito, que aparece como o principal adversário dele no pleito. O candidato do Cidadania promoveu 358 anúncios em três meses.
O deputado estadual Roberto Cidade (União Brasil) destinou R$ 42,2 mil para 30 anúncios, o ex-deputado Marcelo Ramos (PT), R$ 15,2 mil para 597 anúncios; e o deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza), R$ 14,2 mil para 65 anúncios.
Entre as publicações impulsionadas estão aquelas contestadas judicialmente, que ofendem outros candidatos. Nesses casos, a Justiça Eleitoral tem ordenado, inicialmente, a retirada do conteúdo e, depois, tem aplicado multa de R$ 5 mil por veiculação de propaganda negativa contra candidato e de R$ 5 mil por propaganda antes do prazo permitido, que são proibidos pela legislação.
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