Por Lúcio Pinheiro, da Redação
MANAUS – O presidente estadual do PP, Francisco Garcia, afirma que quinta-feira, 10, ou sexta-feira, 11, a sigla decide como vai se posicionar no segundo turno da eleição suplementar para o Governo do Amazonas, apesar de Rebecca Garcia afirmar que não vai apoiar ninguém.
Em entrevista ao ATUAL, na tarde desta terça-feira, 8, a candidata do PP disse que ficará neutra mesmo que o partido decida apoiar um candidato. Segundo ele, seria incoerente apoiar Amazonino Mendes ou Eduardo Braga depois do primeiro turno em que mostrou que representa a renovação frente à velha política que os dois representam.
Francisco Garcia disse que precisa ouvir os membros da sigla, mas, no momento, o partido acena para a “neutralidade”. “A princípio, a neutralidade. Mas vamos ouvir os companheiros. A gente não pode decidir sozinho”, declarou o presidente do PP ao ATUAL, na tarde desta terça-feira, 8.
O presidente do PP classificou como excelente o terceiro lugar na eleição alcançado pela filha, a ex-deputada federal Rebecca Garcia (PP).
Na avaliação do empresário, o PP é um partido de médio para pequeno, que disputou a eleição com o apoio de legendas pequenas e com um tempo de TV minúsculo. “Os companheiros que nos apoiaram foram gigantes”, afirmou. A seguir, trechos da entrevista.
ATUAL – O PP já decidiu quem vai apoiar no segundo turno?
GARCIA – Não. A princípio a neutralidade. Mas vamos ouvir os companheiros, os prefeitos que estão chegando do interior, a deputada federal Conceição [Sampaio], o [vereador] Álvaro [Campelo], nossos companheiros de partido, aí vamos ver o que eles vão decidir. [A decisão sai] Quinta o sexta-feira, a gente não pode decidir sozinho.
ATUAL – E a sua opinião, não vai contar?
GARCIA – Como presidente, tenho que me curvar à decisão dos companheiros. Não posso querer impor. Não seria democracia.
ATUAL – Como o senhor avaliar o desempenho da candidatura de Rebecca Garcia?
GARCIA – Excelente. Uma pessoa que tinha 50 segundos de televisão, quatro inserções de televisão enquanto os outros dois candidatos tinham 20. Não se podia fazer nada a não ser gastar sola de sapato. Os outros eram candidatos dois meses antes. [Recebemos o apoio de] um grupo pequeno, partidos minúsculos, sem uma capilaridade interna, acho que fez muita coisa ainda. Ao nosso ver, os companheiros que nos apoiaram foram gigantes.
ATUAL – O que o senhor diz sobre as acusações de que a candidatura do PP foi ajudada pela máquina do Governo do Estado?
GARCIA – Pelo contrário. O governador [David Almeida] tirou aqueles [secretários] que estavam fazendo política com a máquina. O pessoal está interpretando errado.