Da Redação
MANAUS – A ponte Rio Negro é a solução definitiva para os apagões em Iranduba e Manacapuru, afirmou o diretor técnico de operações da Amazonas Energia, Eduardo Xerez, à Comissão de Defesa do Consumidor da ALE (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas) nesta sexta-feira, 2. Segundo ele, novos cabos de energia, que reforçariam os submersos, podem ser instalados na estrutura da ponte. A empresa já tem estudo sobre a viabilidade da anexação da linha de transmissão.
“Para que a instalação dos dois circuitos seja viável é necessária a anuência do projetista da ponte, que é de São Paulo, e da autorização da Secretaria de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Manaus (SRMM). Essa seria uma solução definitiva para o fim dos apagões. Seriam os dois circuitos e mais o subaquático que será recuperado”, disse Xerez.
“Colocamos a estrutura da ponte à disposição da empresa para que a gente tenha um plano de redundância, uma solução definitiva para os apagões”, disse o secretário de Estado de Infraestrutura Carlos Henrique.
Representante do DPE (Defensoria Pública do Estado do Amazonas), Caroline Lima Barbosa solicitou que a empresa priorize o que foi recomendado pela Força-tarefa do Consumidor, que é a manutenção de 100% do fornecimento de energia elétrica a Iranduba e Manacapuru, de forma permanente, sob pena de multa diária de R$ 1 milhão, em caso de interrupção do serviço.
Para Otávio Gomes, da 51ª Promotoria de Defesa do Consumidor do MP-AM, nenhuma norma ou regulamento imposto pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) supera o Código de Defesa do Consumidor. “Isso significa que, quem tem o prejuízo deve ser ressarcido. Pelo código, a empresa tem de provar que não foi ela que causou o dano ou prejuízo, e não o contrário. Apelo à empresa que institua um comitê para que seja feito o ressarcimento sem precisar do judiciário”, afirmou.