Por Henderson Martins/Da Redação
MANAUS – A Polícia Civil do Amazonas registrou 19 ocorrências de crime eleitoral em Manaus e no interior até às 15h deste domingo, 7. Entre as infrações estão suspeitas de compra de votos, propaganda de boca de urna e transporte ilegal de eleitores. Na capital, foram seis ocorrências e, no interior, 13 registros.
De acordo com o delegado-geral Adjunto da PC, Ivo Martins, um dos casos envolve o ex-prefeito de Nhamundá (AM) Mário Paulain. Ele foi detido suspeito de compra de votos. Com ele foram encontradas dezenas de notas de R$ 100 e R$ 20 e santinhos de candidatos.
“O ex-prefeito foi conduzido à delegacia por questão de propaganda eleitoral. Isso tudo vai ser apurado e pode gerar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) ou até um inquérito policial”, disse o delegado geral da Polícia Civil Frederico Mendes.
As denúncias não afetaram a tranquilidade da eleição. “Infelizmente, essas práticas acontecem, mas estamos atuando para poder reprimir ou, quem sabe, desestimular a conduta daqueles que queiram insistir em praticar as ilicitudes”, disse Ivo Martins. “Tivemos uma ocorrência na Colônia Antônio Aleixo relacionada a panfleto de um candidato caracterizando crime eleitoral”, revelou, sem revelar quem era o candidato.
“Em Jutaí, tivemos registro de boca de urna. Em Boca do Acre uma candidata foi presa por fazer propaganda eleitoral quando distribuía santinhos”, disse. “Em Nhamundá, o delegado do município informou que um ex-prefeito tinha um grande volume de material de campanha em um quarto de uma pousada, o que podemos levar a crer que pode se tratar de algum caso relacionado a corrupção”, disse Ivo Martins.
O delegado disse que a competência dos crimes eleitorais é da Polícia Civil, mas atua de maneira suplementar auxiliando a polícia judiciaria eleitoral e com as forças federais como Exército, Marinha e Aeronáutica, que prestam apoio em todo o pleito.
Ivo Martins disse que as pessoas presas na capital são levadas para a sede da Superintendência da Polícia Federal, já os presos no interior do Estado, dependendo da espécie de crime, assinam um termo circunstancial de ocorrência se comprometendo em comparecer ao juiz quando forem chamados e passam a responder em liberdade.