Do ATUAL
MANAUS – A Polícia Civil do Amazonas investiga o envolvimento de um adolescente de 17 anos e a irmã dele, de 15 anos, em Itapiranga (município a 226 quilômetros de Manaus), na comercialização de conteúdo pornográfico infantil na internet. Segundo os investigadores, eles usavam documentos da mãe e do irmão para a atividade ilícita.
De acordo com o delegado Aldiney Nogueira, da 38ª Delegacia Interativa de Polícia, as investigações começaram no início deste mês de agosto após denúncia anônima de que uma pessoa estava comercializando o material. Conforme a denúncia, a pessoa chegava a postar em status do WhatsApp que tinha pacotes de conteúdo para venda.
Nesta quinta-feira (17), agentes da Polícia Civil fizeram busca e apreensão contra os suspeitos, que foram levados à delegacia e, após depoimentos, foi constatado que o responsável pelo crime seria um jovem de 17 anos, que se encontrava em outra residência da família, em Silves (município a 181 quilômetros de Manaus).
O adolescente foi apreendido por agentes da 40ª Delegacia Interativa de Polícia, em Silves, e levado para a 38ª DIP, em Itapiranga, onde confessou que comercializava o conteúdo. No celular dele, a polícia encontrou centenas de vídeos.
“Em seu aparelho celular foram encontrados centenas de arquivos contendo vídeos com cenas de nudez e abusos sexuais contra crianças de ambos os sexos e variadas idades, incluindo crianças que aparentam entre 2 e 5 anos de idade”, disse o delegado Aldiney Nogueira.
De acordo com as investigações, o adolescente utilizava os dados da própria mãe pra cadastrar o chip do celular utilizado na atividade ilícita e uma conta bancária de um irmão para receber os valores obtidos com a venda do conteúdo.
O delegado afirmou que a mãe e o irmão dos adolescentes não tinham envolvimento. “Situação que se comprovou com vistoria realizada em seus celulares”, disse Nogueira.
O adolescente também admitiu que aliciou uma irmã de 15 anos para que o auxiliasse na atividade ilícita.
O caso foi enviado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para providências cabíveis. O adolescente será processado pelo atos infracionais análogos aos crimes de armazenamento e comercialização de pornografia infantil.