
Do ATUAL
MANAUS – A técnica de enfermagem Patrícia Maciel Bentes, de 37 anos, havia comprado o celular parcelado em 10 prestações há dois meses, quando foi assaltada em uma parada de ônibus no bairro Dom Pedro, zona centro-oeste de Manaus. O ladrão levou o aparelho, que foi devolvido a ela nesta quarta-feira (18) pela Polícia Civil.
O celular foi recuperado em ação dos Programas RecuperaFone e Coletivo mais Seguro, do Nirc (Núcleo de Investigação e Recuperação de Celulares) e do Núcleo de Repressão a Roubos no Transporte Coletivo e Rotas do Polo Industrial, da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas. Essas novas unidades policiais funcionarão no Conjunto Celetramazon, no bairro Adrianópolis, zona centro-sul de Manaus.
Segundo o delegado Bruno Hitotuzi, diretor do Nirc, foram recuperados 500 celulares um mês. A maioria em estabelecimentos clandestinos que vendem aparelhos oriundos de roubos e furtos. A maioria dessas estão no Centro da cidade e nas zonas norte e leste.
Ainda segundo o diretor do Nirc, 2 mil aparelhos celulares recuperados pela polícia estão armazenados no Nirc para serem entregues aos donos. Não há registro de denúncia na polícia sobre o roubo dos aparelhos.
“É importante que seja feito um registro na delegacia. Mesmo quem já fez, mas na ocasião não informou o IMEI do aparelho, pode voltar à delegacia e atualizar com esses dados para que a polícia localize o verdadeiro dono do celular e possa entregar”, disse o delegado.
É o caso de Amanda Oliveira Palmeira, de 23 anos, que também foi assaltada em uma parada de ônibus do bairro São José, zona leste. Ela aguardava o ônibus por volta das 5h quando um homem a abordou e exigiu que ela entregasse o celular. “Eu havia ganhado o celular de presente do meu pai. Era meu aniversário e ele, que havia se afastado da família, quis me agradar com o presente. Eu não queria entregar o meu celular, mas o ladrão apontou uma arma na minha cabeça, daí eu pensei na minha filha e entreguei”, disse Amanda, que fez a denúncia no 9º DIP (Distrito Integrado de Polícia).
Em maio deste ano, o atendente de distribuidora Leonardo Barbosa de Oliveira Silva, de 24 anos, usou uma plataforma para vender o aparelho celular, pois precisava comprar mantimentos para a filhinha recém-nascida. O suposto cliente enviou um comprovante com o valor de R$ 1 mil. “Eu nem sabia conferir direito, e fui lesado. Como a pessoa que comprou me mostrou um comprovante, simplesmente entreguei o celular, só depois vi que o comprovante era falso”.
No dia seguinte, Leonardo foi à delegacia para registrar a ocorrência. Ele disse que não tinha esperança de recuperar o aparelho, que lhe foi devolvido nesta quarta. “Estou muito feliz em ter meu celular de volta. É como se fosse um presente de natal,” disse Leonardo Barbosa.