MANAUS – A insistência do Podemos em tentar anular a eleição suplementar direta para escolha do novo governador do Amazonas gera um dilema político. O Podemos defende um direito legítimo de contestar a validade de uma lei eleitoral sobre a Constituição, que é a lei maior. Mas, também, vai contra a legitimidade do eleitor de ter votado em dois candidatos e eleito Amazonino Mendes (PDT) para o cargo. Ao mesmo tempo em que se amparo em um interesse partidário menor, o Podemos tenta invalidar os votos do eleitorado ferindo um valor democrático e republicano. Por enquanto, o partido do presidente interino da ALE (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas), Abdala Fraxe, tem ignorado o eleitor e insistido no interesse próprio.