Por Leonardo Volpato, da Folhapress
SÃO PAULO – Se a paródia do Tá no Ar que colocou os personagens do seriado Chaves em uma vila militar e abordou a política com Bolsonaro fez sucesso no Brasil, o mesmo não se pode dizer em relação ao México. O Grupo Chespirito, que detém os direitos da série, não aprovou o que viu na TV.
Em comunicado aberto em seu Instagram, o grupo disse não compactuar com a ideologia política citada. “O Grupo Chespirito não aprova, nem compartilha das opiniões ou pensamentos apresentados no esquete do Chaves exibido no programa Tá no Ar. Respeitamos as correntes de pensamento e a liberdade de expressão, no entanto não nos associamos a qualquer opinião e conceito geral e político expressado pelos atores caracterizados”, dizia o comunicado.
No esquete, o ator Marcelo Adnet está vestido de Jair Bolsonaro, chama Seu Madruga (Marcius Melhem) de “vagabundo” e cita termos como o kit gay, darwinismo e ideologia de gênero. Ele também diz, em uma das cenas, que o Seu Maduga “deu uma fraquejada” por ter tido uma filha mulher e que o personagem Quico (Maurício Rizzo) é “afeminado”.
Procurada, a Globo não se manifestou até a publicação deste texto. O Tá no Ar exibe a sua última temporada.