Os parlamentares do Amazonas e os políticos de modo geral são especialistas na “defesa da Zona Franca de Manaus” quando há uma votação no Congresso Nacional, como ocorreu no ano passado com a PEC da Prorrogação, que deu mais 50 anos de incentivos fiscais do modelo; mas ao apagar das luzes das câmeras de TV, são raros os que se dispõem ao menos a debater os problemas que correm os pilares do desenvolvimento e a própria sustentabilidade da região. É o que se vê nesse momento com o tema que vem sendo discutido por uma parcela de parlamentares na Assembleia Legislativa do Amazonas sobre a destinação dos recursos recolhidos das empresas de informática e que deveriam ser aplicados em pesquisa e desenvolvimento regional. Os recursos, que a Suframa não sabe quanto é e nem aonde estão sendo aplicados, não desperta qualquer interesse dos parlamentares que atuam em Brasília. Há um silêncio inexplicável da classe política em relação ao contingenciamento de recursos pelo governo federal sem que nenhuma voz se levante em Brasília para criticar o governo; mais longe ainda está uma ação articulada da bancada do Amazonas junto ao Palácio do Planalto para que reveja o posicionamento dos ministérios que cuidam dos recursos aqui recolhidos, mas aplicados longe da região. Trata-se de um volume de dinheiro exorbitante que ninguém sabe explicar o destino, mas que deveria servir para aquilo que é elementar a qualquer perspectiva de desenvolvimento: o investimento em conhecimento.
Sequestro imoral
A Suframa, que hoje vive à míngua, sem dinheiro e sem autonomia nem para definir os salários dos seus servidores, deveria ser dona de uma fortuna bilionária se os recursos arrecadados com taxas e contribuições cobradas das empresas ficassem nos cofres da autarquia. O sequestro imoral de verbas de pesquisa e desenvolvimento e taxa de serviços administrativos deveria idignar qualquer representante do Amazonas em Brasília.
Estranha ausência
O presidente da Comissão de Indústria e Comércio da ALE, deputado Serafim Corrêa (PSD), que convocou a reunião da comissão com o superintendente da Suframa, Gustavo Igrejas, nesta segunda-feira, 11, não compareceu ao encontro. Profundo conhecedor da Suframa, os presentes acharam que a ausência dele foi uma perda para o debate.
Má-fé, não
O líder do prefeito na CMM, vereador Elias Emanuel (sem partido), acuado pelo colega Waldemir José (PT) de ter agido de má-fé ao negar um pedido do vereador Bibiano (PT) para estender o prazo para apresentação de emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias, subiu à tribuna para rebater o petista: “Vereador Waldemir José, eu não tenho má fé. O senhor foi relator da comissão de revisão do Regimento Interno e não apresentou emenda para dilatar o prazo para a apresentação de emendas orçamentárias”.
Interesses de quem?
“Nós vereadores fomos eleitos para cuidar dos interesses do povo e não dos empresários”. A frase foi dita nesta segunda-feira na CMM pelo vereador Marcel Alexandre (PMDB) ao criticar a falta de critérios para a concessão de subsídios para as empresas de transporte coletivo de Manaus. E completou: “Até este momento, a CMM não demonstrou nenhum interesse na defesa da população”.
Tudo vira lei
Tudo na Câmara Municipal de Manaus vira lei. Nesta segunda-feira, os vereadores aprovaram em definitivo um projeto que obriga os supermercados de Manaus a dispor de passagem adequada entre os caixas para pessoas obesas, gestantes e usuários de cadeira de rodas. Esse é o tipo de obrigação que poderia ser evitada com o diálogo entre os atores.
Apoio ao diploma
O Plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM) aprovou, por unanimidade, nesta segunda-feira, 11, a Moção de Apoio à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 206/2012, em tramitação na Câmara dos Deputados, que torna obrigatória a formação em instituição de ensino superior em Jornalismo para o exercício da profissão de jornalista. Antes, o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Amazonas, Wilson Reis, fez discurso na CMM defendendo a PEC.