Da Redação
MANAUS – Em discurso em uma igreja evangélica em Goiânia (GO) nesta sexta-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que o bilionário Elon Musk, um empresário de tecnologia visionário, não veio ao Brasil atrás de lucro, apenas quer “levar internet para todos” e registrar “fotografias de verdade” para comprovar se há queimadas na Amazônia.
“Nós fizemos, há poucos dias, um encontro com Elon Musk, um homem que raramente sai do seu país, Estados Unidos, e raramente se encontra com um chefe de Estado. Veio se encontrar conosco. Conversamos por quase duas horas. Ouvimos a proposta dele, que não é nenhuma proposta para auferir lucros no nosso país”, disse Bolsonaro.
“O que ele quer, no tocante à Amazônia, é levar internet para todos. Quer também disponibilizar sua rede satélite para que tire fotografias de verdade na região, para mostrar se lá pega fogo ou não. Nós sabemos que não pega. Floresta úmida não pega fogo. Mas o Brasil tem que deixar de ser atacado o tempo todo interna e externamente”, completou o presidente.
O encontro entre o bilionário e o presidente do Brasil ocorreu no dia 20 deste mês em evento promovido pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), no hotel Fasano em Porto Feliz (SP). Depois da reunião, o governo federal divulgou uma parceria com a Starlink, de Musk, que deve colocar satélites de baixa altitude na Amazônia.
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De acordo com o ministro das Comunicações, Fábio Faria, o programa deve começar a ser implantado ainda em 2022. A parceria para satélites de baixa órbita não depende de licitação, e pode ser fechada por meio de um processo administrativo via Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). A empresa de Musk pediu licença para a autarquia e aguarda a liberação.
Na semana passada, Bolsonaro afirmou que a vinda do bilionário ao Brasil é um marco e que a tecnologia vai mostrar como a Amazônia é preservada. Fábio Faria citou que os satélites da Starlink têm um laser capaz de detectar o barulho da serra elétrica. O presidente ainda citou as riquezas minerais da região e o potencial de investimento em biodiversidade.
