Do ATUAL e da Folhapress
SÃO PAULO – O papa Francisco presidiu uma missa de Domingo de Ramos na Praça de São Pedro, neste domingo (2), um dia depois de receber alta do Policlínico Gemelli, em Roma. O papa passou por um tratamento após ser diagnosticado com bronquite infecciosa.
Foi a segunda internação de Francisco, 86 anos, no Gemelli. Em 2021, ele passou 10 dias no local para se recuperar de uma cirurgia no cólon. Horas antes de receber alta, Francisco visitou o serviço de Oncologia Pediátrica e Neurocirurgia Infantil do hospital e batizou um bebê chamado Miguel Angel.
O Domingo de Ramos marca o início da Semana Santa que antecede o Domingo de Páscoa, em 9 de abril deste ano. Seus numerosos eventos testarão a resistência do papa Francisco.
Mensagem
Na homilia da celebração deste domingo, o papa fez um apelo para que os cristão acolham os abandonados. “Cristo impele-nos a procurá-lo e amá-lo nos abandonados”, foi a mensagem central do papa.
Ele afirma que “Cristo na cruz se fez solidário conosco a fim de que possa cada um de nós dizer: nas minhas quedas, na minha desolação, quando me sinto traído, descartado e abandonado, Tu estás presente, Jesus; quando não aguento mais, Tu estás lá, estás comigo; nos meus ‘porquês’ sem resposta, estás comigo.”
Francisco afirma que “na Bíblia, o verbo ‘abandonar’ é forte; aparece em momentos de dor extrema: em amores fracassados, rejeitados e traídos; em filhos enjeitados e abortados; em situações de repúdio, viuvez e orfandade; em casamentos gorados, em exclusões que privam dos laços sociais, na opressão da injustiça e na solidão da doença: em suma, nas mais drásticas dilacerações dos vínculos.” E complementa: “Cristo levou tudo isto para a cruz, ao carregar sobre si o pecado do mundo. E, no auge, ele – filho unigênito e predileto – experimentou a situação mais estranha no seu caso: a distância de Deus.”
O papa exortou os cristãos a lembrarem-se sempre que Jesus abandonado pede para que todos tenham olhos e coração para os abandonados.
“Para nós, discípulos do Abandonado, ninguém pode ser marginalizado, ninguém pode ser deixado a si mesmo; porque – recordemo-lo – as pessoas rejeitadas e excluídas são ícones vivos de Cristo, recordam-nos o seu amor louco, o seu abandono que nos salva de toda a solidão e desolação.”
Leia aqui a mensagem completa do papa.