SÃO PAULO – Depois de 22 anos ou cerca de oito mil dias de espera, o Palmeiras se sagrou novamente campeão brasileiro neste domingo, 27, quando festejou o seu nono título da principal competição do País. A geração de Gabriel Jesus e Dudu conseguiu unir as duas pontas da história – 15 de dezembro de 1994, data do último título, e 27 de novembro de 2016, a conquista atual – com a vitória sobre a Chapecoense por 1 a 0 no Allianz Parque, gol de Fabiano. A partida marcou o recorde de público na história do estádio, incluindo o antigo Palestra Itália. A marca de 40.986 espectadores superou os 40.283 pagantes de 1976.
A partida foi a despedida do atacante Gabriel Jesus. No mês de janeiro o atacante se transfere para o Manchester City. O camisa 33 tentou encerrar o jejum de gols na arena, que dura desde setembro, mas não conseguiu.
O jogo deste domingo foi, na verdade, uma contagem regressiva até o título palmeirense. Dono do melhor ataque e da melhor defesa, a equipe fez uma campanha regular e constante, chegando à penúltima rodada do Campeonato Brasileiro precisando apenas um ponto diante da Chapecoense. Além disso, o rival utilizou uma equipe reserva para poupar titulares para a final da Copa Sul-Americana – o primeiro jogo é quarta-feira, na Colômbia, diante do Atlético Nacional.
Esse cenário ficou ainda mais favorável quando o Santos, única equipe com chances de ameaçar matematicamente o título do Palmeiras, perdeu para o Flamengo por 2 a 0. A torcida comemorou bastante o gol do time carioca no Maracanã, que foi anunciado pelo locutor do Allianz Parque com a frase ‘Cheirinho no ar’.
Foi leve ironia para os torcedores do Flamengo que utilizaram a expressão ‘cheirinho de título’ para mostrar semelhanças entre o Brasileirão deste ano e o de 2009, vencido pelo Flamengo depois de ultrapassar o Palmeiras nas rodadas finais. O Flamengo, no entanto, chegou à 37ª rodada sem chances de título. Com essa combinação de resultados, o Palmeiras garantiria o título mesmo perdendo em casa.
Na última rodada, o Palmeiras apenas cumprirá tabela contra o Vitória, no próximo domingo, às 17h, em Salvador, enquanto no mesmo dia e horário a Chapecoense fechará a sua campanha diante do Atlético-MG, em Chapecó.
Com o eneacampeonato, o Alviverde se isola ainda mais na liderança do ranking de troféus nacionais: além dos nove brasileiros (1960, 1967, 1967, 1969, 1972, 1973, 1993, 1994 e 2016) são três Copas do Brasil (1998, 2012 e 2015) e uma Copa dos Campeões (2000).
Números da campanha
O título alviverde veio de forma incontestável: o Palmeiras foi ocupou a liderança do Brasileirão durante 28 das 37 rodadas, foi o melhor no primeiro turno (11 vitórias, 3 empates e 5 derrotas, somando 36 pontos) e no segundo (12 vitórias, cinco empates e apenas uma derrota, somando 41 pontos).
Além disso, o Verdão tem 59 gols marcados (segundo melhor ataque) e apenas 31 sofridos (melhor defesa), garantindo assim o melhor saldo (28 gols). É a equipe que mais venceu (22 triunfos) e menos perdeu (6 derrotas). Tem ainda a melhor campanha como visitante (9 vitórias, 4 empates e 5 derrotas, somando 31 pontos), nenhuma expulsão e a melhor média de público, com mais de 32 mil pagantes por jogo.
(Estadão Conteúdo/ATUAL)