
Da Agência Senado
BRASÍLIA – O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse aos senadores nesta terça-feira, 19, que a inflação é menor nos países que têm bancos centrais mais independentes. O economista voltou a defender a autonomia da instituição brasileira e lembrou o caso da Argentina, onde houve a percepção de que a autoridade monetária havia perdido a liberdade de ação, o que resultou na imediata escalada de preços.
“A credibilidade foi a zero e a inflação subiu”, afirmou Campos Neto em audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos).
Enquanto o presidente do BC fala aos senadores da CAE, está para ser incluído na pauta do Plenário o Projeto de Lei Complementar 19/2019, do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que garante a independência da instituição. A proposta fixa em quatro anos o mandato para os dirigentes do banco, com a possibilidade de uma recondução. O texto foi ao Plenário com requerimento de urgência, depois de aprovado pela CAE.
A audiência pública atende ao Regimento Interno do Senado, que determina a realização de encontros regulares com o presidente do BC. O Banco Central é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Economia. Suas tarefas são formular a política monetária, servir de depositário das reservas internacionais do país e manter a inflação dentro da meta, assegurando a estabilidade e o poder de compra da moeda.
A instituição também gerencia a emissão do meio circulante, ou seja, garante à população o fornecimento adequado de dinheiro em espécie.