Da Redação
MANAUS – O Hospital Delphina Aziz tem 91,6% de seus leitos de UTI ocupados, segundo informou a Secretaria de Saúde do Estado, com dados atualizados até sexta-feira, 11. Dos 60 destinados a paciente infectados pelo novo coronavírus, 59 estão ocupados. No caso dos leitos clínicos destinados aos pacientes de Covid, são 119 leitos ocupados dos 162 existentes.
As maternidades também apresentam altas taxas de ocupação. A Maternidade Azilda Marreiro, zona norte, tem 100% dos seus leitos clínicos ocupados e 80% dos leitos de UTI na mesma situação. A Maternidade Ana Braga tem 80% dos leitos de UTI ocupados.
A secretaria não informou os dados dos principais hospitais da capital, como é o caso do Hospital Platão Araújo e João Lúcio, que estão sem as informações. A secretaria alega problema “técnico da unidade”.
Nesse domingo, 12, a secretaria também informou que o estado tem 469 pacientes internados, sendo 279 em leitos clínicos (73 na rede privada e 206 na rede pública), 188 em UTI (64 na rede privada e 124 na rede pública) e dois em sala vermelha.
Segundo a pasta, foram confirmados 554 novos casos no Amazonas, nesse domingo, 12, mas 25 municípios não atualizaram suas informações sobre o número de infectados nas últimas 24h. Com isso, o Amazonas totaliza 186.828 casos confirmados.
Em nota, a Secretaria contesta o próprio boletim. Esclarece que não procede que a unidade tem somente 60 leitos destinados a pacientes com Covid-19 e apenas um disponível, conforme mostra o boletim publicado pelo site. “O Hospital Delphina Aziz, referência para o tratamento de pacientes com Covid-19, conta com 120 leitos de UTI, dez ainda disponíveis, de acordo com dados atualizados até às 8h desta segunda-feira (14/12)”, diz a nota.
A Secretaria se refere ao total de leitos clínicos, segundo consta no boletim. “Todos os leitos do Hospital Delphina Aziz, sejam de UTI ou leitos clínicos, são destinados à pacientes com Covid-19, uma vez que a unidade é referência no tratamento da doença desde o início da pandemia no Estado”, informa.
E reconhece que há separação de leitos só para UTI, segundo consta no boletim. “No relatório, a qual o site teve acesso para a produção da matéria, há a separação, tanto para leitos clínicos, quanto para leitos de UTI, em “Covid” e “Leitos Gerais”, por apresentar também informações das demais unidades da rede, que não atendem apenas pacientes de Covid-19”, diz a nota.
Segundo a Secretaria, o Delphina Aziz atende pacientes vítimas do novo coronavírus na fase ativa da doença (dentro dos 20 dias de contaminação), que correspondem aos leitos ocupados no campo “Leitos Covid”, e na fase em que o vírus não está mais ativo (após 20 dias de contaminação), porém que ainda necessitam de cuidados hospitalares devido às sequelas existentes, classificados no campo “Leitos Gerais”.
“É importante destacar que, além dos 120 leitos de UTI já existentes, a unidade também possui mecanismos para transformar leitos clínicos disponíveis em leitos de UTI, caso seja necessário. Também é preciso frisar que a taxa de ocupação é variável e sujeita a mudança, uma vez que diariamente ocorrem liberações de leitos por conta da alta de pacientes”, comunica.
E os hospitais de campanha, caríssimos?