AMAZONAS ATUAL
segunda-feira, 19 abril, 2021
  • Inicial
  • Política
  • Economia
  • Dia a Dia
  • Esporte
  • Expressão
  • TV Atual
  • Colunistas
    • Alfredo Lopes
    • Augusto Barreto Rocha
    • Cleber Oliveira
    • Eduardo Costa
    • Elias Cruz da Silva
    • Gina Moraes
    • José Ricardo
    • Márcia Oliveira
    • Nelson Azevedo
    • Oreni Braga
    • Patricia Portugal Benfica
    • Paulo Haddad
    • Pontes Filho
    • Sandoval Alves Rocha
    • Sando Breval
    • Sérgio Augusto Costa
    • Valmir Lima
  • Quem Somos
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
AMAZONAS ATUAL
  • Inicial
  • Política
  • Economia
  • Dia a Dia
  • Esporte
  • Expressão
  • TV Atual
  • Colunistas
    • Alfredo Lopes
    • Augusto Barreto Rocha
    • Cleber Oliveira
    • Eduardo Costa
    • Elias Cruz da Silva
    • Gina Moraes
    • José Ricardo
    • Márcia Oliveira
    • Nelson Azevedo
    • Oreni Braga
    • Patricia Portugal Benfica
    • Paulo Haddad
    • Pontes Filho
    • Sandoval Alves Rocha
    • Sando Breval
    • Sérgio Augusto Costa
    • Valmir Lima
  • Quem Somos
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
AMAZONAS ATUAL
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
Inicial Colunas Enock Nascimento

Ouro na cicatriz

7 de dezembro de 2017
no Enock Nascimento
0
CompartilharTweetEnviar

Contam que um abastado líder feudal japonês queria reparar alguns objetos de estimação. A lenda não detalha por que as peças eram tão valiosas para ele e nem a razão delas precisarem de restauro.  Os utensílios teriam sido quebrados durante uma acalorada discussão amorosa?

O fato é que o xogum (título militar que significa grande general apaziguador de bárbaros) quis contrariar a frase sempre dita a respeito de objetos fragmentados e também sobre rompimentos de relacionamentos afetivos: “Uma vez quebrado, não há mais conserto”.

Para isso, o poderoso ignorou os conselhos de substituir os artigos danificados comprando novas unidades e contratou os famosos serviços de restauradores chineses. O resultado não o agradou e ele requisitou outros especialistas. Todas as seguidas tentativas, porém, foram malsucedidas. Apesar do esforço dos profissionais, continuavam visíveis as rachaduras das amostras.

Após gastar muito dinheiro procurando a solução longe, o líder japonês resolveu conversar com os monges de um templo vizinho da casa dele. Os monges nunca haviam trabalhado com restaurações, mas aceitaram o desafio.

No trabalho, os religiosos resolveram aplicar os conceitos da filosofia que professavam e acabaram fazendo o oposto dos especialistas. Em vez de empenharem-se em esconder os defeitos das peças, os monges buscaram destacar e valorizar as marcas de desgaste, as imperfeições, as trincas e fendimentos. Foi assim que foi criada a arte do kintsukuroi ou kintsugi: reparo com ouro (ou outros metais preciosos) de objetos em cerâmica quebrados.

Tudo baseado na ideia de entender as possibilidades que advêm das perdas e de compreensão que o aperfeiçoamento pode vir do sofrimento e do desgaste. Da destruição pode vir a melhoria, a reparação, o “renascimento”.

As peças reparadas com kintsugi valorizaram-se tanto e agradaram tanto aos colecionadores que muitos deles foram acusados de deliberadamente esmagarem cerâmicas valiosas para que pudessem ser reparadas com as costuras de ouro.

Em todo o mundo não houve time que mais teve de lidar com a necessidade de restauração que a Chapecoense. Na semana passada (29 de novembro), completou-se o primeiro aniversário do acidente que matou 71 pessoas, justamente quando o time catarinense iria disputar o título mais importante da sua história: a final da Copa Sul-Americana.

Por ter que remontar todo o seu elenco, chegou-se a sugerir uma espécie de anistia para a Chapecoense. Durante um período, de um até três anos, o clube não poderia ser rebaixado para a segunda divisão. Os dirigentes de Chapecó, porém, entenderam que essa medida, apesar de defensável, não era de reparo que o clube precisava.

A alteração dos resultados gerados dentro do campo nunca fez bem ao futebol e para a Chapecoense representaria um conserto em que se tenta esconder as manchas e imperfeições. Era importante para o clube fazer um restauro do tipo kintsugi: abraçar seus fendimentos e rachaduras entendendo que as incorreções é que tornam únicas cada história.

Na última rodada do Brasileirão, veio a recompensa: a Chapecoense não apenas conseguiu se manter na elite do futebol nacional, mas também conquistou uma vaga para disputar a próxima edição da Libertadores. Assim, ficou visível “o ouro nas cicatrizes”.

A ideia de aceitar a imperfeição e enxergar beleza e valor nas rachaduras e cicatrizes foi bem resumida pelo escritor Ernest Hemingway, no livro ‘Adeus às armas’: “O mundo quebra a todos; no entanto, mais tarde, muitos tornam-se mais fortes, justamente nos pontos onde foram quebrados”.

Assuntos: BrasileirãoChapecóChapecoenseenock nascimentofutebolLamia
CompartilharTweetEnviar
PUBLICIDADE

VejaNotícias

Uma esquerda que sabe pra que veio
Enock Nascimento

Canarinho Galeroso

28 de junho de 2018
Uma esquerda que sabe pra que veio
Enock Nascimento

Devota de Borba

21 de junho de 2018
Uma esquerda que sabe pra que veio
Enock Nascimento

Reconquista do espaço

14 de junho de 2018
Uma esquerda que sabe pra que veio
Enock Nascimento

Manteiga nos cantos

7 de junho de 2018
Uma esquerda que sabe pra que veio
Enock Nascimento

Cebola e tulipa

31 de maio de 2018
Uma esquerda que sabe pra que veio
Enock Nascimento

Roubaram o hospício

24 de maio de 2018
Uma esquerda que sabe pra que veio
Enock Nascimento

Na cama com Brad Pitt

17 de maio de 2018
Uma esquerda que sabe pra que veio
Enock Nascimento

Amor e ódio à camisa

10 de maio de 2018
Uma esquerda que sabe pra que veio
Enock Nascimento

Malfazejo, gabirus e o dinheiro público

3 de maio de 2018
Uma esquerda que sabe pra que veio
Enock Nascimento

Esperteza do Caboclo e a história de administrador

26 de abril de 2018
Exibir mais notícias
Próxima notícia
Ministro apresenta, em Manaus, programa de combate à corrupção

Fachin nega interpelação contra ministro em caso sobre PM do Rio

Deputados Federais terão 10 dias de folga neste mês de novembro

Congresso aprova projetos de R$ 30 bilhões em troca de reforma da Previdência

CIEAM, o dedo na ferida política

PIM: as crateras da incompetência

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.

AMAZONAS ATUAL

© 2021 Amazonas Atual Comunicação

Navigate Site

  • Inicial
  • Política
  • Economia
  • Dia a Dia
  • Esporte
  • Expressão
  • TV Atual
  • Colunistas
  • Quem Somos

Siga-nos

Sem resultados
Visualizar todos os resultados
  • Inicial
  • Política
  • Economia
  • Dia a Dia
  • Esporte
  • Expressão
  • TV Atual
  • Colunistas
    • Alfredo Lopes
    • Augusto Barreto Rocha
    • Cleber Oliveira
    • Eduardo Costa
    • Elias Cruz da Silva
    • Gina Moraes
    • José Ricardo
    • Márcia Oliveira
    • Nelson Azevedo
    • Oreni Braga
    • Patricia Portugal Benfica
    • Paulo Haddad
    • Pontes Filho
    • Sandoval Alves Rocha
    • Sando Breval
    • Sérgio Augusto Costa
    • Valmir Lima
  • Quem Somos

© 2021 Amazonas Atual Comunicação