Santos! Santos! Gol!
Agora quem dá bola é o Santos…
Quando um brasileiro gosta de futebol, ele tolera a ladainha dos “doutrinadores” de futebol. Renê Simões, do Botafogo; Vanderlei Luxemburgo, do Flamengo; Tite, do Corinthians; Felipão, do Grêmio, graças a Deus, perderam, de novo.
É triste uma pessoa que aprendeu a ler e escrever esperar o final de uma entrevista com esses pobres treinadores. O Tite, treinador do Corinthians, é uma aula que não termina nunca, sempre sobre o óbvio. Agora, ele não se satisfaz sobre o futebol, que pouco conhece, mas se alonga sobre qualquer assunto. Ainda falta o mal humorado Muricy Ramalho e suas aulas sobre o lado ruim do futebol, em que ele se mostra doutor.
O Santos reformulou pela terceira vez em dez anos e venceu, novamente, o difícil Campeonato Paulista de 2015. Garotos, recém-saídos dos juvenis, treinador novo, retirado na marra das divisões inferiores, presidente novo e diretoria nova. Tudo com novos e compatíveis salários, condizentes com o momento atual da economia brasileira.
O novo se impôs sobre o que de mais arcaico existe no futebol mundial, implantado no futebol brasileiro. Há seis meses, perdemos uma Copa do Mundo, dentro de casa, com uma seleção que teve como experiência inovadora não treinar e descansar muito. Estão aí os novos treinadores e podemos incluir o treinador do Internacional, o argentino Diego Aguirre, o décimo-terceiro treinador estrangeiro do Inter e o primeiro a ganhar título. Doriva, do Vasco; Marcelo Fernandes, do Santos, mostraram ao Brasil que algo bom e novo está surgindo da desesperança do pós-goleada contra a Alemanha.
Desses “abilolados” treinadores (obrigado, deputado Dallas) salvaram-se aqueles que valorizaram o trabalho dentro do campo e deixaram as grandes fórmulas para os velhos feiticeiros. O futebol é isso que vimos dos novos treinadores e juvenis: 50% de transpiração e 50% de inspiração, em fórmula harmoniosa, como as que vêm das arquibancadas.
O Brasil está se reencontrando com o seu velho e vitorioso futebol. Os novos valores estão dando esperanças de mais competitividade à nossa seleção olímpica, que estava em descrédito, junto à torcida verde-amarela.
O futebol para 2018 será uma boa esperança se tudo for feito como se faz no Santos Futebol Clube, do inesquecível Pelé. O time da Vila Belmiro sabe trabalhar as categorias de base, sabe contratar os bons valores e equilibra a experiência com craques como Robinho e Ricardo Oliveira. As seleções de sucesso são assim: craques novos e craques experientes. Todos craques.
Os nossos jogadores sobram nas suas equipes europeias e americanas. São ídolos das maiores torcidas do mundo e, quando são “desorientados” pelos treinadores brasileiros, afundam e são prejudicados nas suas vidas profissionais.
Os nossos treinadores são péssimos e a torcida brasileira não pode ficar a mercê desses milionários analfabetos que foram expulsos, todos, dos times que os contrataram nos grandes centros.
“Que o Nenê Prancha tome conta deles”
———————
Roberto Caminha Filho, economista, nacionalino, está feliz com o futebol brasileiro
e seus novos treinadores.