
Da Redação
MANAUS – Antiga sede da Sead (Secretaria de Estado de Administração), no conjunto Parque 10 de Novembro, na zona centro-sul de Manaus, será adaptada para abrigar a coordenação da Operação Acolhida, de controle dos refugiados venezuelanos. O imóvel foi sugerido pela Semasc (Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania) e aprovado pela coordenação da operação, sob comando do Exército.
O local terá um restaurante, call center, depósito de doações e salas para órgãos da Prefeitura de Manaus, governo do Estado, agências da Organização das Nações Unidas (ONU) e o Exército. Ainda não está definido novos locais para abrigar os imigrantes.
Responsável pela operação em Manaus, o coronel José Jacaúna disse que os trabalhos estão na fase de planejamento e reconhecimento, uma vez que os projetos estão prontos e dependem da liberação de dinheiro para o início das obras. Por enquanto, a operação conta com parcerias da Prefeitura de Manaus, governo do Estado, organizações da sociedade civil e agências da ONU.
“Começamos com as atividades de maneira improvisada. Há alguns espaços que já estão funcionando com pouco recurso. Temos guarda-volumes, estamos construindo um espaço de banho, local para lavar roupas, refeitório, entre outros. O apoio da prefeitura e de todos os envolvidos é fundamental”, disse o coronel.
Questionado sobre uma data para oficialização da operação Acolhida em Manaus, Jacaúna informou que depende da autorização do governo federal. “Só temos a autorização para planejamento e reconhecimento, mas a operação já está oferecendo bastante coisa. Quando o governo federal se posicionar, os trabalhos começam oficialmente”, disse.
Em Manaus, dezenas de refugiados estão abrigados em barracas improvisadas no entorno da rodoviária, na zona centro-norte. “Percebemos que há muitas crianças que precisavam ser protegidas, enquanto seus pais vão trabalhar ou fazer alguma atividade. Criamos o espaço com atividades lúdicas e de educação. Temos monitores que acompanham essas crianças, aprendendo o português e sobre os direitos como saúde, educação e proteção. O espaço é temporário, pois não ficarão aqui por muito tempo”, explicou a oficial de Adolescente do Unicef, Joana Fontoura, ao explicar a instalação de espaço para filhos de imigrantes.
Refugiados indígenas da etnia Warao estão em abrigo mantido pela Prefeitura de Manaus. São 97 índios instalados no Centro. Outro abrigo, no Coroado, zona leste, tem 175 refugiados.