Da Redação
MANAUS – O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD), defendeu, nesta quinta-feira (19), o encerramento antecipado dos trabalhos da comissão que investiga as ações e omissões dos governos federal e estaduais na pandemia de Covid-19. Prevista inicialmente para funcionar até o dia 7 deste mês, a comissão foi prorrogada, no mês passado, até novembro.
Aziz disse que a CPI da Covid “não é um espetáculo” e que precisa ser concluída o “mais rápido possível”. “O relatório final, normalmente, é apresentado 24 horas antes do fim da CPI. Nesta Comissão, foi sugerido que se apresentasse 48 horas antes, para que seja debatido de forma técnica e plural. Faremos justiça aos mais de 572 mil óbitos no País”, disse Omar.
Em quatro meses, a comissão comandada por Aziz se debruçou sobre fatos contrários ao governo, como o chamado “gabinete paralelo”, que teria influenciado as decisões do Ministério da Saúde e as posições do presidente Jair Bolsonaro Covid-19, e o suposto esquema ilegal nas negociações para a compra da vacina Covaxin pelo Ministério da Saúde.
Usada como palanque eleitoral, a CPI da Covid colocou em evidência senadores de oposição e situação ao governo Bolsonaro que pretendem disputar cargos nas eleições de 2022, como o próprio senador Omar Aziz, que tentará a reeleição, e o senador Marcos Rogério (DEM-RO), que disputará o cargo de governador de Rondônia.
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Nesta quinta-feira (19), os senadores ouvem Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, empresa envolvida na compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde. Antes do início da reunião da CPI, o vice-presidente, Randolfe Rodrigues, afirmou que, se faltar com a verdade no depoimento, Francisco Maximiano pode ser preso.