Da Redação
MANAUS – De maio a junho deste ano, 56 mil pessoas ficaram desempregadas no Amazonas, mas outras 74 mil começaram a trabalhar, segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE. O Amazonas tem cerca de 4 milhões de habitantes e desses, 1,5 milhão estão trabalhando.
A taxa de pessoas desocupadas saltou de 12% (179 mil) para 15% (235 mil) no estado. Assim, a taxa de desocupação em junho de 2020 cresceu 3,1 pontos percentuais em relação a maio. Apesar disso, a taxa de participação (pessoas trabalhando em relação à pessoas em idade para trabalhar) foi de 52,2%.
O número de pessoas que estavam na força de trabalho e as pessoas ocupadas que não procuraram trabalho, mas gostariam de trabalhar, era de 2,28 milhões, aumento de 1,78% em relação a maio. O número de pessoas não ocupadas que não procuraram trabalho por conta da pandemia ou por falta de trabalho na localidade, mas gostariam de trabalhar, caiu de 560 mil em maio para 496 mil em junho, redução de -11,4%.
Apesar do crescimento no número de pessoas que começaram a trabalhar, a maioria dos trabalhadores no estado é informal. Das 1,32 milhão de pessoas ocupadas em junho, 681 mil estavam ocupadas na informalidade> Isso é mais da metade das pessoas ocupadas. O crescimento em relação a maio foi de 40 mil trabalhadores, o que fez a taxa e informalidade passar de 49,0% para 51,5%.
Indicador | Unidade da Federação | Maio | Junho |
População Residente (mil pessoas) | Amazonas | 4 036 | 4 041 |
Pessoas de 14 anos ou mais de idade (mil pessoas) | Amazonas | 2 955 | 2 984 |
Pessoas ocupadas (mil pessoas) | Amazonas | 1 307 | 1 324 |
Pessoas desocupadas (mil pessoas) | Amazonas | 179 | 235 |
Pessoas na força de trabalho (mil pessoas) | Amazonas | 1 485 | 1 559 |
Pessoas fora da força de trabalho (mil pessoas) | Amazonas | 1 469 | 1 425 |
Teletrabalho
No Amazonas, dos 1,3 milhão de ocupadas em junho de 2020, 271 mil pessoas permaneciam trabalhando em regime de teletrabalho, número menor do que foi registrado em maio, 367 mil pessoas. Outras 202 mil trabalhadores ainda estavam afastados do trabalho por conta do distanciamento social.
Embora tenha ocorrido uma boa redução no numero de pessoas ocupadas e afastadas do trabalho, -26,1%, ainda permanecia alto o número de afastados devido ao distanciamento social: 202 mil pessoas.
Nesse período de isolamento, 146 mil pessoas tiveram seus salários afetados e não receberam em junho. Em maio, o grupo dos que deixaram de receber remuneração representava 60,2% das pessoas ocupadas e afastadas do trabalho.