MANAUS – O Governo do Estado do Amazonas inaugurou apenas 14% das obras de duplicação da rodovia estadual AM-070, que liga Manaus a Iranduba e Manacapuru, mas antes da inauguração dos primeiros 11 quilômetros, realizada na sexta-feira, 21, a Seinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura) já havia aditivado em 25% o valor original dos serviços. O aditivo foi de R$ 55,4 milhões.
A duplicação compreende 78,14 quilômetros de extensão, nos municípios de Iranduba e Manacapuru. A obra foi licitada em 2012 por R$ 224.226.843,58, mas neste ano, com o aditivo de R$ 55.415.673,78, passou a R$ 279.642.517,36.
Além do aditivo, a obra também vem sofrendo reajustes em função da inflação. A empresa que venceu a licitação não perde nada, porque o contrato prevê os reajustes. Até a semana passada, de acordo com o Sicop (Sistema Integrado de Controle de Obras Públicas) do governo do Estado, a Construtora Etam Ltda. já havia recebido R$ 8.298.836,15 só de reajustes. No total, o governo pagou à empresa R$ 71.317.631,69, dos quais R$ 63.018.795,54 foram das medições dos serviços (obra realizada) e o restante de reajuste de preço.
A obra também caminha a passos lentos. Iniciada em março de 2013, o prazo para a conclusão é agosto de 2016. Eram 41 meses, mas já se passaram 29 meses e apenas 14% foram concluídos. Para entregar no prazo, a empresa precisará correr contra o tempo. Caso contrário, o governo vai arcar com mais recursos para pagar os reajustes.
Outro lado
A Secretaria de Estado de Infraestrutura informou, em nota, que a obra foi aditivada porque houve acréscimo de serviços. Confira o que disse a Seminf: “Esse valor [R$ 55,4 milhões] corresponde às adequações que forma feitas no projeto original, sendo uma delas a inclusão do canteiro central, acrescentado ao projeto para atender às determinações dos órgãos ambientais e do Patrimônio Histórico com o objetivo de proteger, por exemplo, as castanheiras existentes no KM 15. As adequações também se fizeram necessárias em razão do projeto da Cidade Universitária, quando se verificou a necessidade de atender ao fluxo que deverá ocorrer quando esta estiver concluída.”.