MANAUS – A maioria dos humanos passa por isso: uma paixão fulminante na adolescência de fazer o apaixonado perder a razão. Nada o demove do propósito de acreditar na pessoa amada; nada lhe remove a esperança de que aquela pessoa um dia o olhe como ela ou ele espera ser olhada(o). Tudo o que dizem sobre ela ou ele é pura maledicência de quem quer impedir sua felicidade.
A pessoa amada torna-se um mito, um semideus ou uma semideusa. Ninguém no universo á capaz de substituí-la no coração do apaixonado ou apaixonada. Só ela ou ele é capaz de restituir o “amor”, de devolver a felicidade, de transformar o seu mundo no mundo fantasiado criado na cabeça de quem “ama”.
Assim vivem 35% dos brasileiros em relação ao “mito” Jair Bolsonaro. Esse é o percentual (um pouco mais, um pouco menos, mas na média é isso) dos que consideram o seu governo ótimo ou bom. Sim, há quem acredite no Brasil que o governo de Bolsonaro é ótimo ou bom.
É impossível a uma pessoa sã acreditar que isso pode ser verdade diante de tanto desgoverno.
Na educação, com três ministros em dois anos, dois deles completamente incompetentes e um ausente, o governo é um fiasco. Nenhum avanço significativo, nenhum sinal de mudança, nada oferecido até aqui.
Na saúde, o ministro terceiro ministro em dois anos é alvo de um inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) pelo colapso da Saúde no Amazonas, especialmente em Manaus. Não que a culpa seja exclusivamente do ministro, mas há suspeitas de que houve demora na ajuda que seria necessária para evitar a falta de oxigênio.
Nas relações exteriores, o governo tem um ministro que opta por chutar a canela dos parceiros comerciais e a plantar intrigas com países por pura ideologia que o próprio ministro não consegue compreender. Para usar palavras bem populares, Ernesto Araújo é burro e mal educado.
Na economia, o Brasil está na mesma, um pouquinho pior do que quando Bolsonaro assumiu o governo. Culpa da pandemia? Em parte, sim. Mas muito da ineficiência do governo. Não fosse o Congresso Nacional, em 2020, durante a pandemia, a população desassistida teria recebido um auxílio emergencial de R$ 200 e não de R$ 600 como o Congresso aprovou.
Uma pesquisa Datafolha divulgada no domingo mostra que 26% dos brasileiros avaliam como ótima ou boa a atuação de Bolsonaro na pandemia. O índice caiu neste início de ano: era 30% em dezembro.
Outros 25% avaliam a atuação do presidente como regular (era 27% em dezembro) e 48% consideram a atuação do presidente ruim ou péssima (eram 42% em dezembro).
Sejamos honestos. Bolsonaro não é culpado pelas mortes da pandemia, como alguns dizem por aí. Mas a atuação dele é “zero”, para usar um termo que ele gosta de usar.
O Brasil está passando pela pandemia como se não tivesse governo central. De fato, não tem qualquer sinal de comando do Palácio do Planalto, ao contrário. Bolsonaro tenta destruir qualquer tentativa de combate à pandemia.
A única coisa que tem feito é liberar dinheiro. Mas é preciso que se diga, não é dinheiro dele, é do Tesouro, dinheiro do povo brasileiro, que tem o direito de usá-lo para tratamento de saúde.
Bolsonaro age como um desordeiro, pregando todo tipo de atitudes que contrariam as orientações de cientistas e autoridades de saúde do mundo inteiro. O Brasil se tornou um mau exemplo para o mundo, graças à atuação do seu presidente da República. Um irresponsável sem precedentes na história do país.
Não enxergar nada disso, não se convencer de que fez uma péssima escolha, não reconhecer que Bolsonaro é exatamente aquilo que sempre se mostrou como deputado, insistir no sonho de que ele pode ser a salvação da lavoura, é um comportamento de adolescente apaixonado. Não cola mais. É hora de acordar.
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Valmir Lima, acredito que você é um daqueles saudosistas dos petistas que ainda não perceberam que a eleição terminou. Acreditar nas pesquisas do Data Folha é de uma inocência incrível!
O mundo envolvido numa das maiores pandemias já existente e, o Brasil, mesmo sendo atingido enormemente, tanto pela pandemia como pela corrupção de governos anteriores, provocando quebradeiras de muitas empresas e, por consequência, demissão de milhões de empregados, o governo já fez muito mais que todos os governos do PT! Saia da sua bolha e veja na área da infraestrutura! quantas obras estavam paralisadas e foram concluídas em menos de dois anos de governo!
A aceitação do Presidente Jair Bolsonaro nunca foi menos que 45%! é só verificar em suas andanças pelo Brasil. Vou mais longe, se não fosse pelo grande apoio popular ao Presidente, já teriam consumado seu afastamento, por que esse é o objetivo de uma boa parte da imprensa que perdeu volumosas verbas do governo e estão sendo obrigadas a demitir ou renegociar seus contratos e dos partidos da esquerda que não se conformaram em ter perdido as eleições.
O senhor Rodrigo Maia tudo fez para atrapalhar o Presidente, foram dois anos deixando de pautar projetos de interesses do governo somente com intuitos de prejudicar o Presidente. Esqueceram que o povo não mais acredita nos noticiários de uma boa parte da imprensa, esquerdista, que tentam a todo custo desestabilizar o governo com noticias falsas.