Da Redação
Manaus – Entre as obras mais famosas de Conan Doyle, escritor de ficção científica lido em todo o mundo, o romance “O Mundo Perdido” retrata a descoberta de dinossauros vivos na Amazônia Brasileira, e funciona como aventura e comédia de costumes, que alimentaram o imaginário sobre a região. Não seria exagero dizer que, nos anos 1990 era recorrente ouvir falar que tais animais sobreviviam escondidos na imensidão da floresta.
Pois a população de Novo Airão, município localizado a 140 km da capital, levou a história a sério e resgatou aquela que seria uma das grandes lendas sobre a Amazônia. A escultura de um dinossauro foi instalada na principal praça da cidade, não se sabe bem por quem, mas chama atenção e desperta a curiosidade na cidade conhecida pleos contatos de humanos com botos, a principal atração turística da cidade.
Apesar de não haver uma versão oficial para o fato, há algumas histórias para justificar a homenagem. A estátua seria uma referência aos sítios arqueológicos da região onde teriam sido encontrados vestígios de antigos animais. O lugar é conhecido como Praça do Dinossauro.
Roteiro
Novo Airão é um município muito procurado para ver os botos cor de rosa, mas lá também está o Arquipélago de Anavilhanas, o segundo maior do mundo com mais de 400 ilhas. Nessa região, imensas praias de areia branca se formam durante o período da seca. Anavilhanas também é parque vinculado ao governo federal, assim com o Parque Nacional do Jaú, vizinho ao primeiro.
Com a inauguração da ponte Rio Negro, o acesso a Novo Airão ficou bem mais fácil, já que antes da ponte era preciso fazer a travessia do rio em balsa. O acesso é pela AM-070 (estrada Manoel Urbano) e depois pela AM-352 (estrada de Novo Airão), num percurso que dura cerca de 2:30h a 3h. Também é possível chegar à cidade de ônibus – saindo da rodoviária de Manaus, a viagem dura cerca de 4 horas – e de barco, com saídas diárias.
A melhor época para visitar Novo Airão vai depender do que você quer ver. Vá na seca se quiser aproveitar as praias (setembro a janeiro). Vá na cheia se quiser ver a floresta inundada (fevereiro a agosto). Porém, durante todo o ano, os visitantes podem nadar com botos cor de rosa, uma das paradas mais procuradas nos roteiros turísticos de Novo Airão.
Quem desejar, pode ainda visitar as ruínas de Airão Velho e conhecer um pouco mais sobre a história da região. A história da cidade, construída por moradores originados de Airão Velho é cercada por uma lenda. A antiga Airão, Fundada no ano de 1694, é considerada a primeira povoação às margens do rio Negro, mais antiga que a primeira capital do Amazonas, Barcelos. De acordo com historiadores, Airão Velho foi uma das vilas mais importantes no médio rio Negro, desde a época dos colonizadores portugueses até a Segunda Guerra Mundial, concentrando grande parte da produção da borrada no rio Negro.
Com a decadência do Ciclo da borracha, os moradores de Airão Velho passaram a abandoná-la. Boa parte de sua população mudou-se para vilarejos mais próximos a Manaus, mas a maioria dos moradores foi transferida para a vila de Itapeaçu, que passou a se chamar Novo Airão.
Entre os passeios oferecidos na região estão:
Parque Nacional de Anavilhanas
Praias da região (do Meio, Baranoá, Camaleão, Aracari, Jauari, Mirapinima e Camutirana)
Parque Nacional do Jaú
Ruínas de Velho Airão
Cachoeira do São Domingo e Grutas do Madadá
Os preços dos passeios variam de acordo com o tempo. Os valores são do barco fechado, que levam até 12 pessoas. Um passeio de 1 hora pelo arquipélago de Anavilhanas custa R$160,00 e o de 3 horas custa R$420,00, por exemplo.