Da Redação
MANAUS – Com 29,95 metros nesta sexta-feira, o nível do Rio Negro está a 2 centímetros da marca de 29,97 metros de 2012, recorde da cheia no Amazonas. Essa profundidade é medida no porto de Manaus.
Caso chegue a 30 metros, será a maior enchente desde 1902, ou seja, em 118 anos.
Na comparação dos primeiros 20 anos de registros (1903 a 1923) com os últimos 20 anos (2001 a 2021), há um aumento na frequência de grandes cheias. Dois terços dos municípios do Amazonas já sofrem as consequências da cheia.
Em Nova Olinda do Norte, o Rio Madeira superou a cheia de 2014, que era a maior da história, e mais de três mil famílias já foram afetadas. Em Carauari, o Rio Juruá também já alcançou um novo recorde histórico e o município está em situação de emergência.
O Rio Solimões, em Manacapuru, atingiu 20,73m, nível que representa a segunda maior cheia da série histórica, igualando a cheia de 2012. Como o recorde é de 20,78m (2015), para igualar precisa subir somente mais 5 centímetros. Em Itacoatiara, a cheia do Rio Amazonas já é a 2ª maior, tendo atingido 15,19m. O recorde é 16,04 m, observado em 2009.
O último Boletim de Monitoramento Hidrometeorológico da Amazônia Ocidental, emitido em 21 de maio pelo SGB-CPRM, informa que em Manaus o rio segue em processo de enchente acelerada, subindo a uma média de 3 cm por dia na última semana.