Da Redação
MANAUS – Um dia depois de atingir o quórum mínimo de 8 assinaturas para instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar serviços da Amazonas Energia, o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, Roberto Cidade (PV), autorizou o funcionamento da Comissão.
Os blocos partidários têm 24 horas para apresentar os nomes que vão compor a Comissão Parlamentar de Inquérito. Os membros serão divulgados às 10h30 desta quinta-feira (2), quando serão anunciados também o presidente, vice-presidente e relator.
Ao autorizar a criação da CPI, Roberto Cidade disse que a CPI terá um grande desafio pela frente. “Os amazonenses não aguentam mais o descaso da Amazonas Energia, que está fazendo nosso povo passar por muitos prejuízos e com uma conta de energia absurda”.
HIDELÉTRICA DE BALBINA
A Hidrelétrica de Balbina, no Estado do Amazonas, inundou 2.360 km2 [atual área 2.996 km2, de floresta tropical para gerar, em média, apenas 112,2 MW de eletricidade. A topografia plana e o tamanho diminuto da bacia hidrográfica fazem com que a produção de energia seja pequena. A vegetação permanece para decompor-se na represa, o que torna a água ácida e anóxica, propicionando a corrosão das turbinas futuramente. A represa, muito rasa, contém 3.300 ilhas e inúmeras baías com águas paradas onde o tempo que cada gota da água fica no lago será ainda mais longo do que a média: mais que um ano. Balbina foi construída para fornecer eletricidade a Manaus, uma cidade que cresceu tanto durante a construção da barragem que outras alternativas para fornecimento de energia já são necessárias. Subsídios do governo explicam o seu crescimento explosivo, inclusive as tarifas unificadas nacionalmente para a eletricidade. Fontes alternativos de energia para Manaus incluem o fornecimento de eletricidade, a partir das barragens mais distantes, de petróleo e gás natural, em campos recentemente descobertos. Entre outros impactos de Balbina, o uso potencial da floresta está totalmente comprometido.
GÁS DE URUCU
A conversão de parte do parque termelétrico, que tem capacidade instalada para gerar 1.500 MW, representa um passo importante no processo da troca da matriz energética na região, porque possibilitará no curto prazo, com a utilização do gás natural, a geração de energia mais limpa no estado e ajudará a reduzir de forma significativa a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC).
No total foram investidos R$ 161 milhões no processo de adequação das termelétricas Tambaqui – que fica no Distrito Industrial de Manaus e vai gerar 95mW -, Jaraqui – localizada no bairro Aparecida e responderá pela geração de 76mW -, e Manauara – que fica no quilômetro 20 da AM-010 e vai gerar 85mW.
LAMPADAS DE LED
A Prefeitura de Manaus passou a investir em planos de revitalização de praças e vias públicas e na iluminação no final de 2014. Na época, o projeto previa a cidade fosse iluminada com luminárias de LED, que além de oferecer melhor visibilidade para motoristas, pedestres e ciclistas, previa um menor consumo de energia.
O projeto luminotécnico contou com cerca de 40 mil luminárias LED LEDSTAR® instaladas no parque e em alguns pontos da cidade, com previsão de expansão para todas as vias do município.
Após a revitalização, a Prefeitura obteve mais de 50% de economia no consumo de energia elétrica, melhoria na segurança pública e na mobilidade urbana.
Em 2017, o projeto alcançou o objetivo de levar a iluminação LED para as vias públicas de Manaus e com isto reduziu, além dos custos em iluminação pública, a criminalidade na cidade. A baixa manutenção e alta durabilidade das luminárias de LED gerará economia por mais de 10 anos.
Atualmente, o serviço é prestado pela empresa Manaus Luz Iluminação Pública SPE Ltda, a qual venceu a concorrência 012/2019 referente à concessão pública.
A rede de iluminação pública da capital possui 127,6 mil pontos, dos quais mais de 62 mil com lâmpadas de LED. A iluminação a LED está presente em 66 bairros da capital.
Transmissão de energia da linha Tucuruí-Macapá-Manaus
A linha de transmissão Tucuruí-Macapá-Manaus é uma obra fascinante. Suas 3.351 torres, que chegam a ter 295 metros de altura – o equivalente a um prédio com 100 andares -, atravessam quase 1,8 mil quilômetros de selva. Mas os R$ 3,5 bilhões investidos na construção tinham um objetivo ainda mais grandioso: interligar a maior parte da Região Norte ao sistema elétrico nacional.
Oficialmente, a conexão ocorreu em 9 de julho com a conclusão da linha. Mas, na prática, não é bem assim. O Norte segue consumindo cerca de R$ 2 bilhões por ano para pagar o combustível de 27 térmicas. O motivo: a Amazonas Energia, distribuidora do grupo Eletrobrás, atrasou a sua parte das obras.
O Brasil tinha dois sistemas isolados ao Norte; o Acre/Rondônia, que foi interligado em 2009, e o Manaus/Macapá, que inclui Amazonas, Amapá e o oeste do Pará, e está sendo interligado agora. Como o sistema local é obsoleto, ficou a cargo da Amazonas Energia a compra e a instalação de novos equipamentos, mais potentes.
O prazo para cumprir o trabalho foi longo. Desde a licitação até a conexão no mês passado, a instalação do linhão levou cinco anos, três a mais do que o previsto. Nesse meio tempo, a distribuidora não fez quase nada. Das cinco novas subestações previstas, só uma foi concluída. De quatro linhas de transmissão projetadas, duas estão em obras. Por causa do atraso, só 10% da capacidade do linhão é utilizada.
Como o abastecimento de energia da Região Norte oficialmente deixou de ser isolado do resto do País, criou-se um impasse financeiro: os R$ 2 bilhões gastos com a compra do combustível das térmicas deveriam ser pagos exclusivamente pelos consumidores locais. Como o mercado é diminuto, o custo poderia chegar a R$ 70 MW/h. Para as famílias, significaria um adicional na conta de luz de R$ 15 a R$ 20 por mês – um valor alto, considerada a renda média da região.
Para as indústrias, o custo de produção daria um salto olímpico. No Norte estão a Zona Franca de Manaus e importantes empresas que são grandes consumidores de energia. A lista inclui a Vale, que tem na Amazônia a maior exploração de minério de ferro. “O custo de produção aumentaria de tal maneira que poderia inviabilizar a produção de muitas empresas”, diz um executivo.
Para evitar o rombo local, o Ministério de Minas e Energia publicou em 2 de agosto uma portaria criando um regulamento diferente para o Norte. A medida determina que a região, apesar de estar tecnicamente interligada ao sistema nacional, permanece subordinada às regras do sistema isolado até a conclusão das obras de distribuição. No setor, agora se diz que no Norte vigora “sistema semi-isolado” de abastecimento.
Economia suspensa. O mais grave nesse limbo técnico e regulatório é que a prometida economia de R$ 2 bilhões vai ficar para depois – e que parte da conta será paga pelo Tesouro Nacional. Até o ano passado, os recursos para cobrir o custo das térmicas nas região do sistema isolado eram cobrados na conta de luz de todos os brasileiros e depositados na Conta de Consumo de Combustíveis (CCC).
No início do ano, a CCC foi absorvida por outro encargo, a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), também cobrada na conta de luz. Como o governo prometeu reduzir o valor da energia, parte da CDE passou a ser coberta com recursos do Tesouro Nacional.
Há outra questão em suspenso: já não é possível garantir que o fim do sistema isolado vai render a prometida economia de R$ 2 bilhões. Segundo Hermes Chipp, diretor do Operador Nacional do Sistema (ONS), que monitora o abastecimento no País, as térmicas ficarão ligadas após a conclusão da interligação para garantir a segurança do abastecimento. A linha de transmissão feita para suportar 1.800 MW/h vai operar com 700 MW/h e picos eventuais de 900 MW/h. O restante do consumo será mantido pelas térmicas.
A prioridade será usar as térmicas a gás. Hoje há oito em operação. Mas, dependendo da demanda – local e nacional -, nada impede que sejam acionadas algumas ou todas as 19 térmicas a diesel e óleo combustível, as mais caras, cuja energia chega a custar R$ 1 mil o MW/h. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo
Amazonas Energia lança sistema de medição inteligente no Parque 10
A Amazonas Energia iniciou as obras de implantação do novo sistema de medição inteligente, denominado Sistema de Medição Centralizada (SMC), que consiste em um sistema remoto de medição, visando melhoria e qualidade no fornecimento de energia do Bairro Parque 10. Muito em breve outros bairros da cidade de Manaus receberão esta melhoria na rede elétrica.
O SMC reúne as medições individualizadas de energia, desempenhando as funções de concentração, processamento e indicação das informações de consumo e ocorrência, eventos e alarmes de forma remota e centralizada, ou seja, além da rede elétrica das ruas receberem obras para troca de equipamentos, com novos cabos, medidores, transformadores, entre outros, em caso de falta de energia este novo sistema inteligente da Amazonas Energia envia em tempo real a informação para o centro de operação, com atendimento imediato da ocorrência pelas equipes de campo, tudo rápido e ágil, e de forma remota e inteligente.
Esta medição centralizada apresenta vários benefícios aos clientes, além do menor tempo de atendimento por falta de energia, o SMC oferece melhoria no processo de faturamento e relacionamento, onde o cliente pode verificar seu consumo e todas as informações da sua medição em um painel digital exclusivo instalado em sua casa, assim como o melhor gerenciamento de sua carga, com provável redução de despesas.
A Amazonas Energia está utilizando tecnologia de ponta com este novo sistema inteligente, sendo mais um dos investimentos que a Amazonas Energia vem realizando no Estado. “Diariamente temos realizado obras de melhorias da rede elétrica da capital e interior, tudo para reforçar a qualidade e confiabilidade no fornecimento de energia, além de facilitar os serviços e aproximar os clientes da companhia”, assegurou.
Comentários:
1 – Tivemos a construção da Hidrelétrica de Balbina com a PROMESSA da redução da cobrança da tarifa de energia elétrica, FATO ESTE QUE NUNCA ACONTECEU.
2 – Tivemos gastos milionários para trazer o GÁS DE URUCU para abastecer as USINAS TERMOELETRICAS, com esta operação, tivemos mais uma vez a PROMESSA da redução da cobrança da tarifa de energia elétrica, FATO ESTE QUE NUNCA ACONTECEU.
3 – A Prefeitura de Manaus trocou mais de 66 mil lâmpadas de iluminação pública e a economia gerado por este novo sistema NUNCA foi repassado aos consumidores. A substituição das lâmpadas comuns em dispositivos de LED na iluminação pública pode representar uma economia de até 85% no consumo.
4 – Devido ao atraso causado pela empresa Amazonas Energia, distribuidora do grupo Eletrobrás, atrasou a sua parte das obras. E como o sistema local é obsoleto, ficou a cargo da Amazonas Energia a compra e a instalação de novos equipamentos, mais potentes. Sendo que o prazo para cumprir o trabalho foi longo. Desde a licitação até a conexão do sistema, a instalação do linhão levou cinco anos, três a mais do que o previsto. Nesse meio tempo, a distribuidora AMAZONAS ENERGIA não fez quase nada. . O mais grave nesse limbo técnico e regulatório é que a prometida economia de R$ 2 bilhões vai ficar para depois – e que parte da conta será paga pelo Tesouro Nacional. Sendo que a PROMESSA da redução da cobrança da tarifa de energia elétrica, utilizando este linhão NUNCA ACONTECEU.
5 – Amazonas Energia comunica a retiradas do contadores de energia das residências e transfere para em cima poste de iluminação elétrica as instalação dos novos contadores que terá controle e monitoramento pela SKY, com este novo sistema a Amazonas Energia poderá efetuar o desligamento por falta de pagamento remotamente.
Veja que a Portaria ANEEL 414, Art. 83. “A distribuidora deve comunicar ao consumidor, com no mínimo 30 (trinta) dias de antecedência, a execução das obras de adequação do sistema de medição que passará a ser externo, exceto nos casos de procedimento irregular, onde a adoção da medição externa poderá ser realizada de imediato.” (Redação dada pela Resolução Normativa ANEEL nº 479, de 03.04.2012)
Já no Art. 137. A distribuidora deve realizar, em até 30 (trinta) dias, a aferição dos medidores e demais equipamentos de medição, solicitada pelo consumidor.
§ 1o A distribuidora pode agendar com o consumidor no momento da solicitação ou informar, com antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, a data fixada e o horário previsto para a realização da aferição, de modo a possibilitar o seu acompanhamento pelo consumidor.
§ 2o A distribuidora deve entregar ao consumidor o relatório de aferição, informando os dados do padrão de medição utilizado, as variações verificadas, os limites admissíveis, a conclusão final e os esclarecimentos quanto à possibilidade de solicitação de aferição junto ao órgão metrológico.
§ 3o O consumidor pode, no prazo de 30 (trinta) dias, contado a partir do recebimento da comunicação do resultado da distribuidora, solicitar posterior aferição do equipamento de medição pelo órgão metrológico, devendo a distribuidora informar previamente ao consumidor os custos de frete e de aferição e os prazos relacionados, vedada a cobrança de demais custos.
Outra situação é o fato de haver acesso remoto aos medidores de energia, tendo em vista que o equipamento fica vulnerável a alterações que podem prejudicar a confiabilidade e a transparência na cobrança.
Diante do acima exposto, a população amazonense apoia totalmente a abertura de uma CPI para investigar todas as situações mencionadas.