Do Estadão Conteúdo
BRASÍLIA – Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, 28, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse que a expectativa é de que a normalidade seja retomada após acordo entre o governo e os caminhoneiros. Guardia disse que em breve a redução de preços chegará à bomba, mas não precisou uma data Segundo ele, assim que a reoneração for aprovada, mais medidas serão definidas. Ele não adiantou essas ações.
O ministro lembrou que antes do anúncio desse domingo, da redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel, o governo havia definido a redução de R$ 0,23. No diesel, há R$ 0, 46 de tributos federais: na Cide, R$ 0,05 por litro e mo PIS/Cofins, de R$ 0,45.
Guardia disse que haverá subvenção federal dos tributos. Segundo ele, o máximo a que será possível chegar é R$ 0,16, que serão compensados com a reoneração da folha de pagamentos, que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional. O restante, R$ 0,30, virá do Orçamento da União.
Mais cedo, o ministro afirmou que o custo da redução do preço do diesel em R$ 0,46 por litro deve ficar em R$ 9,5 bilhões este ano.
Redução
A Petrobras anunciou que, com o reajuste que entrará em vigor nesta terça-feira, 29, o preço médio do litro da gasolina A sem tributo nas refinarias será de R$ 1,9526, com queda de 2,84% em relação à média atual de R$ 2,0096. Já o preço médio nacional do litro do diesel A permanece em R$ 2 1016.
Para tentar pôr fim à greve, o presidente Michel Temer cedeu e reduziu em R$ 0,46 o valor do diesel, com corte em tributos como a Cide e o PIS/Cofins. Foi garantido também o congelamento do preço do diesel por 60 dias. Depois disso, o reajuste será mensal, de 30 em 30 dias.
O governo publicou, em edição extra do Diário Oficial da União, as três medidas provisórias (MPs) para atender a novos pedidos dos caminhoneiros.