Da Redação
MANAUS – Mural de 34 metros de comprimento pintado pelo artista Fabio Ortiz será uma das atrações do memorial Aldeia da Memória Indígena de Manaus. A inauguração nesta segunda-feira, 19, marca ao dia do índio, em um local onde antes existiu um cemitério indígena, na Praça Dom Pedro II, Centro Histórico.
“São quatro imagens nos 140 metros quadrados do mural retiradas de livros históricos, mostrando o mapa das calhas dos rios onde existe a forte presença dos povos indígenas no Amazonas desde muito antes da presença europeia, além do herói-ícone da luta, o grande Ajuricaba; ainda os Manaos e o cemitério indígena na visão do colonizador quando aqui chegou”, explica o diretor-presidente da Manauscult (Fundação Municipal Cultura, Turismo e Eventos).
Responsável pela arte, Fábio Ortiz, 27, diz ter aprendido sobre o protagonismo dos povos indígenas na história de Manaus. “Hoje me sinto contemplado de poder contar essa história de tantos séculos de existência e luta”.
O mural apresenta, ainda, os retratos da presença indígena, com culturas e filosofias diferentes do ocidente. “O painel com o mapa representa que nesse território existiu, existe e vai sempre existir povos que habitam nela. O desenho é uma expressão da cultura indígena, do território sagrado dos povos originários”, explica o porta-voz dos indígenas e professor doutor em Antropologia Cultural, João Paulo Barreto Tukano.