
Do ATUAL
MANAUS — O município de Rio Preto da Eva (a 37 quirômetros de Manaus) foi um dos alvos da segunda fase da Operação Ghosthunters, deflagrada nesta quinta-feira (10) pela Polícia Civil de Santa Catarina, em colaboração com as polícias civis de oito estados, incluindo o Amazonas.
A ação é para desarticular organização criminosa responsável por desviar R$ 6 milhões de uma empresa com sede em Florianópolis por um esquema de fraude digital que envolveu 300 transações fraudulentas.
A operação cumpriu 23 mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão em 15 municípios do Brasil, com foco em identificar os “conteiros” — pessoas que disponibilizaram as contas bancárias para movimentar os valores desviados. Em Rio Preto da Eva, os mandados foram cumpridos com o apoio da Polícia Civil do Amazonas.
As ações ocorrem em Rio Preto da Eva–AM, Salvador–BA, Caucaia–CE, Caruaru–PE, Belo Horizonte e Betim–MG, São Francisco do Sul–SC, São Bernardo do Campo, Bauru, Cubatão, Itu e Valparaíso–SP, Colorado, Ponta Grossa e Santa Helena–PR.
Primeira fase
O esquema criminoso foi identificado após a invasão do sistema da fintech, ocorrida em julho de 2024. Na primeira fase da operação, foi preso preventivamente o hacker responsável pelo acesso ilegal ao sistema e bloquearam cerca de US$ 40 mil em criptoativos, além de apreender um carro avaliado em R$ 120 mil. A operação também resultou no bloqueio judicial de cerca de R$ 4,5 milhões, com parte do valor sendo recuperado logo após a fraude.
Com a participação MJSP(Ministério da Justiça e Segurança Pública) a operação busca desmantelar esse tipo de esquema sofisticado de fraude e lavagem de dinheiro, que explora vulnerabilidades tecnológicas, cita Rodney da Silva, diretor do MJSP.
No Brasil, a pena para quem pratica os crimes de furto mediante fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro, é de reclusão, respectivamente, de 4 a 8 anos e multa.