Da Redação
MANAUS – O MP-AM (Ministério Público do Amazonas) está investigando uma modalidade de “fura-filas” da vacinação contra a Covid-19 que emprega declarações médicas falsas, atestando a comorbidade, para inclusão de pessoas saudáveis em grupos de risco prioritários. A investigação foi instaurada em 20 de maio e apura o caso de um laudo que atestaria, falsamente, diabetes, apresentado em Manaus.
“Todas as declarações apresentadas são de total responsabilidade da pessoa e de quem os emitiu (os laudos). Informações falsas ficarão sujeitas às responsabilizações administrativas, civis e penais aplicáveis. Emissão e apresentação de falso atestado se configuram em crimes de falsidade ideológica e falsificação de documento, com pena de até seis anos de prisão”, diz a promotora de Justiça Luissandra Chíxaro, titular da 58ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos à Saúde Pública.
A Promotora requereu à Semsa (Secretaria Municipal de Saúde) de Manaus cópia do laudo médico e do histórico médico da pessoa que o “comprou”, além de cópias de laudos e receituários médicos de pessoas com comorbidades vacinadas contra a Covid-19 nos primeiros 20 dias de maio de 2021.