Da Redação
MANAUS – O MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas) cobrou explicações da SSP-AM (Secretaria de Segurança Pública do Amazonas) e da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher sobre a existência de 1.795 inquéritos com diligências pendentes naquela delegacia. Em reunião convocada pela 60º Proceap (Promotoria de Justiça Especializada no Controle Externo da Atividade Policial), no dia 13 de fevereiro de 2019, a SSP propôs a criação de uma força-tarefa para dar andamento às investigações acumuladas.
“Nos preocupou esse número e convocamos uma reunião. Nossa meta é zerar, a meta é que em seis meses esse número de 1975 esteja zerado. É uma meta ambiciosa, de 300 inquéritos por mês serem encerrados e remetidos de volta à Justiça”, disse o Promotor de Justiça Vitor Fonseca, que responde pela 60ª Proceap.
A proposta de uma força-tarefa surgiu em reunião convocada pelo Promotor de Justiça, da qual participaram o Delegado-Geral Adjunto de Polícia Civil, Orlando Amaral, a delegada titular da DCCM, Débora Cristina Pereira Mafra, e o chefe de gabinete do Delegado-Geral, Geraldo Eloi de Souza.
A força-tarefa será constituída de um delegado de polícia, dois investigadores e dois estagiários, todos de fora da DCCM. A proposta é que o grupo trabalhe dentro da DCCM, com estrutura completa para conduzir as investigações, mas sem causar impacto nas novas ocorrências em curso na delegacia.
A fiscalização do problema na DCCM começou em 23 de janeiro de 2016, quando um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) foi instaurado na 61ª Proceap para apurar possível omissão da autoridade policial em relação aos autos baixados (devolvidos, pela Justiça, à delegacia para mais investigações).