Da Redação
MANAUS – Com mobilizações de rua contínuas, o movimento Combustíveis Sem Imposto (CSI) pretende atrair milhões de consumidores para protestos e manifestações festivas a fim de pressionar os governos e o Legislativo para acabar com os tributos sobre os combustíveis. O CSI defende também o fim da estabilidade no serviços público e cortes de privilégios inclusive no Judiciário.
“O movimento é centrado na sociedade e cobrando dos legisladores mudanças drásticas nas leis. Tivemos como inspiração a greve dos caminhoneiros, pois foi um movimento totalmente espontâneo e sem nenhum tipo de ligação com partido político algum. Infelizmente, esses profissionais acabaram se deixando levar por falsas promessas do governo, mas foi um importante sinal de alerta. A partir disso começamos a nos organizar e no dia 6 de novembro, criamos o nosso portal, que é o csibr.org”, diz Alexandre do Nascimento, coordenador do movimento.
Segundo o portal da Fecombustiveis, os impostos representam 50% do preço dos combustíveis ao consumidor. Incidem sobre o valor a CIDE, PIS, Cofins e ICMS. “Essa carga, até onde vimos, varia entre 45 e 55% do valor final do produto. Todavia, acreditamos que o valor exato ninguém saiba devido à complexidade da tributação no Brasil”, diz Nascimento.
“Outro ponto importante das nossas exigências é o fechamento da Agencia Nacional do Petróleo (ANP), que burocratizou o setor de tal forma que hoje nenhum cidadão pode abastecer o carro em uma refinaria ou usina de álcool. O produto tem que passar por dois atravessadores antes de chegar ao cidadão comum. Isso é um assalto estatal ao povo brasileiro e temos que acabar com isso”, critica.
Conforme Alexandre do Nascimento, essa carga tributária é perversa e acaba com a logística, com o turismo, com a segurança, pois a polícia depende de uma gasolina cara para rodar. “Com o fim do imposto nos combustíveis, muita gente que vive na pobreza vai ter uma melhora drástica na condição de vida. Isso vai significar, por exemplo Uber e táxis mais baratos, além de passagens de ônibus e de avião com o preço bem mais em conta. Ou seja, mais dinheiro no bolso do povo e menos no bolso dos políticos e burocratas”, avalia.
Carnaval
No dia 30 deste mês, uma sexta-feira, o movimento promove um carnaval fora de época na Cinelândia, no Rio de Janeiro, para chamar atenção a causa. Conhecidas do público, as sambistas Luana Bandeira (que é a atual rainha de bateria da Viradouro) e Tina Bombom – diretora da Ala das Passistas da Inocentes de Belford Roxo há 5 anos – estarão à frente da manifestação.
“Queremos que esse evento seja o primeiro de muitos, uma espécie de divisor de águas para o povo se conscientizar e ir à rua se mobilizar por uma nobre causa nacional, pois isso beneficiará todos os brasileiros de bem”, disse Nascimento.
A lista completa das propostas de corte de gastos sugerida pelo CSI pode ser acessada no https://csibr.org/cortes-de-gastos-para-acabar-com-os-impostos-nos-combustiveis/.