Da Redação
MANAUS – Mototaxistas e taxistas promoveram manifestação na manhã desta quinta-feira, 21, contra a falta de regulamentação da atividade de transporte por aplicativo em Manaus. O protesto teve início na Avenida Max Teixeira e seguiu até a sede da Prefeitura de Manaus, no bairro Compensa, zona oeste.
Os mototaxistas e taxistas afirmam que a atividade dos motoristas de transporte por aplicativo na capital amazonense, que segundo eles já chega a 48 mil trabalhadores, precisa ser limitada através de regulamentação. Eles afirmam que desde que os aplicativos começaram a funcionar em Manaus houve redução da demanda pelo serviço deles.
“Nós viemos aqui (na Prefeitura) pedir para que limitem os aplicativos que são irregulares, não pagam impostos, ou que vão embora de Manaus. Na verdade, esses aplicativos vieram para derrubar todo o transporte de placa vermelha”, disse o mototaxista Marcelo Silva.
Por conta da manifestação, o trânsito ficou engarrafado nas avenidas Torquato Tapajós, Djalma Batista, Álvaro Maia, Constantino Nery, Pedro Teixeira e Brasil, onde os mototaxistas bloquearam a via no sentido centro/bairro.
Agentes do Manaustrans e policiais militares estiveram no local para tentar liberar um trecho bloqueado na Avenida Brasil, em frente à sede da Prefeitura de Manaus. Entretanto, os mototaxistas se recusaram a liberar a via para circulação normal de veículos e houve tumultuo no local.
Em Manaus, a atividade de transporte de passageiros por aplicativo não tem regulamentação. Os aplicativos concorrem contra os mototaxistas e taxistas oferecendo serviços com preços menores e, por conta disso, acabam perdendo clientes. Em média, o valor da corrida dos aplicativos é de R$ 6 em Manaus. Nos mototaxistas, o valor média é de R$ 10. Nos táxis, varia entre R$ 12 e R$ 20, dependendo da distância.
Em maio de 2018, a Prefeitura de Manaus lançou o aplicativo Táxi Manaus, que tem o sistema parecido com outros aplicativos de transporte de passageiros, para “garantir mais competitividade aos taxistas”. Nessa época, os taxistas já reclamavam da redução da demanda de corridas.
(Colaborou Ann Kath)