Da Redação
MANAUS – A delegada Elizabeth de Paula, do 2º DIP (Distrito Integrado de Polícia), afirma que um desentendimento levou o investigado, o motorista de ônibus José Roberto de Oliveira, de 52 anos, a esfaquear e matar o passageiro Alzimar Leão Lobato, que tinha 44 anos. O crime ocorreu na linha de transporte coletivo 004, na terça-feira (22), por volta das 12h, na rua São Benedito, bairro Morro da Liberdade, zona sul de Manaus.
Elizabeth de Paula conta que uma discussão começou porque José Oliveira não parou no ponto de ônibus certo.
“Segundo o relato dele [José], iniciou uma discussão porque ele não teria parado no ponto correto e aí o rapaz [Alzimar] teria xingado a mãe dele [José] com palavras de baixo calão, fato que teria deixado ele desequilibrado. Em dado momento a vítima desceu do ônibus, começou uma briga no meio da rua. As pessoas se aproximaram, quem estava na frente se aproximou, chegaram a tentar intervir, ficar no meio deles e aí ele [motorista] foi e furou o rapaz com a faquinha que ele sempre levava em cima do painel, segundo ele”, relatou a delegada.
De acordo com Elizabeth de Paula, José Oliveira informou usos diferentes da faca. “Para mim ele disse que era uma faca para descascar tucumã, laranja. Agora, no momento da oitiva pelo escrivão, na narrativa dele ele disse que inclusive utilizava essa faca para se defender de assalto”, disse.
José Oliveira prestou depoimentos no 2º DIP nesta quarta-feira (23) e foi liberado. Segundo a delegada, a Polícia Civil já estava procurando o suspeito e chegou a mandar uma equipe à empresa de ônibus para conseguir dados do motorista e localizá-lo.
“Nossa equipe conseguiu localizar pelo telefone, mas ele disse que se dispôs a se entregar após o período do flagrante. Foi isso que foi narrado para a nossa equipe. E nós precisávamos realmente esclarecer algumas dúvidas, razão pela qual ele se dirigiu à delegacia no período da tarde e se apresentou e contou a versão dele para esse 2º DIP”, disse a delegada.
Elizabeth de Paula informou que o suspeito não tem passagem pela polícia e está à disposição da Justiça. “A polícia está concluindo esse inquérito onde faltam pouquíssimas diligências, pouquíssimas dúvidas. Até porque as pessoas que estavam próximas não têm dúvida do que aconteceu, até porque tem filmagens, tem uma série de coisas”, afirmou.
(Colaboraram Kamila Amoedo e Murilo Rodrigues)