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Mortes de grávidas no Amazonas em 2021 superam as dos últimos cinco anos

3 de outubro de 2021
no Dia a Dia
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Gestantes e puérperas morreram mais do que nos últimos cinco anos no Amazonas (Foto: Wilton Jr./ABr)
Por Jullie Pereira, da Redação

MANAUS – Rocineide Mendonça tinha 39 anos quando teve o primeiro filho. Backing vocal do boi Garantido, Roci, como era conhecida, tinha o carisma que as mulheres do boi-bumbá têm. Apesar do sonho de ser mãe, só viu o rosto do filho uma única vez, por meio de uma fotografia. Max Gohan Mendonça Oliveira da Silva Dácio nasceu no dia 31 de dezembro de 2020.

Rocineide morreu no dia 9 de janeiro de 2021 na maternidade Ana Braga, zona leste de Manaus, vítima da Covid-19. Antes disso, ela havia planejado sair do hospital e casar com o namorado, Raony Ferreira da Silva Dácio, de 29 anos, dançarino do boi Garantido.

“Na segunda onda da pandemia a gente relaxou. Ela contraiu o vírus grávida, foi a pior coisa que aconteceu. Ela ficou muito frágil e a questão psicológica afetou muito. Ela fez cinco exames (de Covid), três deram negativo, dois deram positivo e desde lá foi uma correria danada, ficamos na maternidade. Não gosto de lembrar, passa um filme na cabeça”, disse Raony.

Hoje, Max tem nove meses e é criado pelo pai e os avós. Rocineide faz falta, mas Raony tem esperança de que o filho cresça e seja motivo de orgulho.

O luto da família Ferreira da Silva não é um caso isolado no Amazonas. Dados da FVS (Fundação de Vigilância em Saúde) mostram que mulheres gestantes morreram mais em 2021 que nos últimos cinco anos.

O aumento do número de mortes maternas no estado foi de 37%. Em 2020 a fundação registrou 66 casos e até setembro deste ano já eram 91 óbitos. Em Manaus, esse resultado é ainda mais preocupante: de 71% de aumento. Considerando dados desde 2017, o maior número de mortes maternas no estado foi registrado em 2018, quando 69 mulheres perderam a vida.

As mortes têm como causa o deslocamento prematuro de placenta, eclâmpsia, hemorragias e pós parto, hipertensão materna e infecção puerperal. A maioria, porém, é classificada pela FVS como “demais causas”. Questionada, a Fundação não explicou o que significa essa classificação.

No caso das mães que morreram por Covid-19, como aconteceu com Roci, o quadro é ainda mais grave. Em 2020, a fundação contabilizou 14 óbitos de mulheres gestantes e sete de mulheres no período de resguardo. Neste ano, foram 31 gestantes mortas e 32 vítimas no período do pós-parto. O aumento percentual alcança os 357% para as puérperas e 121% para as grávidas.

Rocineide faleceu em janeiro de 2021, vítima da Covid-19, após o nascimento do filho (Foto: Reprodução/Facebook)

Os dados da FVS não mostram quantas das crianças, filhos dessas mães que morreram, nasceram com vida. O Max, filho da Roci, nasceu com sete meses e precisou ter muitos cuidados no hospital. Seu pai, Raony, criou o ‘Diário do PapaiMamãe’, atualizado em seu Facebook, onde ele conta sobre a vida de pai solo.

“A mãe dele era uma pessoa carismática, conversava com todo mundo que falava com ela, sempre ajudava quem precisava. Eu resolvi fazer o diário para agradecer quem auxiliou financeiramente ou com orações. Agradecer os amigos próximos que gostavam da gente”, diz Raony.

Serviço caótico

Para Rachel Geber Corrêa, especialista em gestão em saúde e pós graduanda em Saúde Coletiva, esse aumento de mortes é consequência de uma desorganização das secretarias de saúde municipais e estadual. Rachel faz parte do Humaniza Coletivo, organização que combate violência obstétrica no estado.

“O cenário das secretarias é caótico, desarticulado e pouco resolutivo. Durante a pandemia muitas mulheres ficaram sem pré-natal, o remanejamento demorou a ser feito. Fora isso, as falhas que nós conhecemos ainda continuam: profissionais desatualizados atendendo mulheres, eles muitas vezes não estão habilitados para casos de alto risco, e muitas cesáreas sendo feitas”, diz.

O quadro mostra que o Amazonas está muito longe da meta do Brasil para redução de morte materna estabelecida pela ONU (Organização das Nações Unidas) no ODS 3 (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável). A meta é que, até 2030, o número de mortes seja de 30 casos para cada 100 mil nascidos vivos.

Neste ano, a FVS registrou 49.443 mil nascidos vivos no estado. Considerando as mortes por Covid e por outras doenças, o Amazonas já registrou 154 mulheres gestantes ou no período de resguardo que foram mortas, número muito acima da média estimada em 30 óbitos.

A especialista em gestão de saúde sugere que o sistema de saúde seja feito de forma compartilhada com entidades e órgãos. “A gestão do sistema de saúde para mulheres precisa ser totalmente compartilhada com orgãos de fiscalização, de controle, de movimentos sociais. Precisa, essencialmente, a secretaria de estado ter controle e fiscalização de seus próprios profissionais”, diz Rachel.

A FVS foi questionada sobre o aumento de mortes e as causas, mas informou que a SES (Secretaria de Estado de Saúde) é a responsável pela assistência. A SES não respondeu os questionamentos da reportagem até a publicação dessa matéria.

Dados sobre mortes maternas por outras doenças podem ser consultadas AQUI.

Indicadores sobre mortes maternas por Covid-19 podem ser consultadas AQUI.

Assuntos: destaqueFVSgrávidamortes maternasmortes por covid-19puérperasSecretaria de Saúde do Amazonas
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