Da Redação
MANAUS – Morreu neste domingo, 2, aos 76 anos, o radialista e promotor cultural Joaquim Marinho. O comunicador faleceu em sua casa por volta das 11h, após uma parada cardiorrespiratória. Há seis anos ele lutava contra o Alzheimer.
O velório, que está aberto ao público desde às 20h de domingo, acontece no Salão Nobre do Palácio Rio Negro, na Avenida 7 de Setembro, Centro. O sepultamento será nesta segunda-feira, 3, a partir das 16h, no Cemitério São João Batista, na zona centro-sul.
O radialista e amigo de Marinho, Cid Soares, relembrou as lições de um dos mais conhecidos comunicadores do Amazonas. “O Marinho foi um mestre para todos nós, um amigo e um irmão. Ontem eu fui pego de surpresa com essa notícia. Apesar de a gente saber que a situação dele não era boa, nunca estamos preparados”, lamentou.
A irmã, Patrícia Marinho, destacou o legado do irmão. “Ele entrava ao vivo nos programas de notícia e depois que começava a falar não queria mais parar, falava sobre tudo. Nós estamos tristes, mas também satisfeitos por ver como ele era querido e ver todo esse legado que ele deixou”, disse.
O deputado federal José Ricardo (PT) comentou sobre a fama de colecionador e cineasta do amigo. “Uma pena o falecimento, uma pessoa importante para a cultura do Amazonas. Eu aprendi a colecionar selos com Joaquim Marinho, que era um dos principais colecionadores. Ele gostava muito de cinema e fez um esforço para inaugurar várias salas de cinema no Centro de Manaus enquanto ainda não havia shoppings”, lembrou.
Joaquim Marinho
Joaquim Marinho nasceu em 1º de maio de 1943 em Porto, Portugal, e viveu por mais de 60 anos na capital amazonense. Em 25 de maio de 1963 optou pela nacionalidade brasileira. Formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade do Amazonas em 1965, como Bacharel em Ciências e Letras.
Joaquim era radialista, jornalista, escritor, comentarista de rádio e televisão. Também ficou conhecido pelas extensas coleções e pelo amor ao cinema, sendo responsável pela inauguração de famosas salas de cinema em Manaus, como o Cine Chaplin, Grande Otelo e Cine Guarany. Em 2013 recebeu o título de Cidadão do Amazonas pela ALE (Assembleia Legislativa do Amazonas).
(Colaborou Patrick Motta)