Da Redação
MANAUS – Miniusinas de oxigênio começam a abastecer hospitais de Manaus. É o caso do Delphina Aziz, na zona norte, e o Getúlio Vargas, na zona centro-sul, que tem capacidade para produzir até 30m³ de oxigênio por hora, o suficiente para atender anteder a demanda atual da unidade.
A miniusina foi viabilizada pela Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), estatal federal a qual o Getúlio Vargas está vinculado, e a empresa White Martins.
O insumo, em falta crítica nas unidades de saúde de toda a cidade devido ao alto consumo durante a epidemia, é essencial para o atendimento aos pacientes com Covid-19.
A usina entrou em produção ao final da tarde de quarta-feira, 20, quando os técnicos da White Martins e a equipe de infraestrutura do HUGV finalizaram o período de instalação e teste do equipamento.
A empresa White Martins tem contrato vigente de fornecimento de oxigênio para o HUGV e optou por instalar, sem custos para o hospital, uma usina de produção de oxigênio, temporariamente, até que possa assegurar o fornecimento regular.
No Hospital Delphina Aziz, do governo estadual, duas miniusinas já estão instaladas. Sete foram doadas pelo Ministério da Saúde (MS) e irão abastecer o Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio e o Hospital Universitário Francisca Mendes. A estimativa é de que na próxima semana todas estejam em funcionamento.
As unidades do Delphina Aziz vão atender a enfermaria de campanha montada pelo Exército na área externa da unidade. Juntas, as usinas têm capacidade de produzir 26 m³ de oxigênio por hora, o que é suficiente para atender os 50 leitos clínicos que estão sendo montados no hospital de campanha.
A do Francisca Mendes produzirá 17 m³ de oxigênio por hora e será capaz de atender 35 leitos clínicos, ou 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A usina do HPS João Lúcio vai atender cerca de 45 leitos clínicos. Quando todas as sete usinas estiverem instaladas, cerca de 200 leitos clínicos serão atendidos, ou 120 UTIs.
As outras unidades que vão receber a instalação das usinas são as que estão com maior demanda de oxigênio, como maternidades e hospitais infantis.