Da Redação
MANAUS – A conta de energia elétrica no Amazonas deverá aumentar a partir de novembro. O Ministério de Minas e Energia autorizou a revisão tarifária das seis distribuidoras do Grupo Eletrobras no Norte e Nordeste a partir do dia 31 de agosto de 2017, conforme portarias publicadas no DOU (Diário Oficial da União) desta sexta-feira, 5. As portarias estabelecem que até essa data, as empresas terão reajustes tarifários ordinários este ano. Para o Amazonas, vale a partir de novembro. Para as demais, a partir de setembro. Em janeiro, a Amazonas Distribuidora cobrou 38,8% de reajuste dos consumidores residenciais e de 42,55% das empresas. O aumento foi divido em seis parcelas, pois a Justiça autorizou a cobrança retroativa a novembro de 2015. Um novo índice de aumento não foi definido.
As portarias abrangem as empresas Amazonas Distribuidora, Companhia de Eletricidade do Acre, Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron), Companhia Energética do Piauí (Cepisa), Companhia Energética de Alagoas (Ceal) e Boa Vista Energia, em Roraima. As seis empresas são designadas como responsáveis pela prestação dos serviços de distribuição de energia elétrica nos Estados em que atuam até que novos concessionários assumam a gestão das atividades ou até 31 de dezembro de 2017.
No mês passado, a Eletrobras decidiu em Assembleia-Geral Extraordinária (AGE) não renovar as concessões dessas distribuidoras. A estatal vai continuar a administrá-las até que o controle seja vendido. A intenção agora é que as empresas sejam privatizadas até o final do próximo ano. Juntas, as seis companhias deram um prejuízo de R$ 5 bilhões em 2015.
Embora disponha de uma hidrelétrica, a de Balbina, em Presidente Figueiredo (a 178 quilômetros de Manaus) e de unidades termoelétricas, o Amazonas foi incluído no SIN (Sistema Integrado Nacional) com a interligação da Linha de Transmissão Tucuruí-Macapá-Manaus. Com essa integração, o Estado o valor da energia elétrica passou a ser taxado pela bandeira tarifária, que é um mecanismo de controle de custos na geração e distribuição de energia elétrica. A bandeira vermelha, por exemplo, é a mais cara com R$ 5 por 100 killowatt-hora de consumo. As outras são a amarela e a verde, mais baratas, que são acionadas quando há baixo consumo e excedente na geração de energia elétrica.
(Com Estadão Conteúdo)