Da Redação
MANAUS – Com 168 casos no ano passado, 262 a menos que em 2020, o Amazonas terá campanha de enfrentamento à sífilis congênita. A redução é de 60,9%. Mais de 90% dos casos foram registrados na faixa etária de 15 a 59 anos.
Mesmo com menor incidência, a campanha foi instituída por lei estadual. A intenção é identificar a doença e adotar medidas de prevenção contra novos contágios.
A sífilis congênita pode ser prevenida. “Isso desde que seja feita a testagem regularmente no pré-natal, e, caso o resultado seja positivo, a mãe tenha acesso ao tratamento antes do bebê nascer, evitando assim a transmissão vertical”, explica Dessa Chehuan, médica infectologista da Fundação de Medicina Tropical.
Quando a mulher adquire sífilis durante a gravidez, segundo a médica, poderá haver infecção assintomática ou sintomática nos recém-nascidos.
A doença tem tratamento e pode ser prevenida de forma simples, segundo Luciana Gomes, coordenadora do núcleo de HIV da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas. “Com o uso de preservativo, testagem regular para diagnóstico precoce e tratamento adequado em tempo oportuno”, disse.
Luciana Gomes diz que a medida mais efetiva de controle da sífilis congênita é a oferta de assistência e captação precoce para o pré-natal às gestantes, além da realização de, no mínimo, seis consultas com atenção integral.
Pela nova lei, estão previstas ações que incluem divulgação de informações por meio de cartilhas explicativas em unidades públicas de saúde, vídeos demonstrando a prevenção e o tratamento adequado, palestras, entre outros meios.