Da Redação
MANAUS – A Polícia Civil do Amazonas em Presidente Figueiredo (a 117 quilômetros de Manaus) prendeu preventivamente um médico, de 31 anos, na manhã de quarta-feira, 26. Ele é acusado de maus-tratos, lesão corporal, satisfação da lascívia mediante presença de criança ou adolescente, posse irregular de arma de fogo de uso permitido e injúria real em violência doméstica.
O delegado Valdinei Silva disse que o Conselho Tutelar da cidade recebeu uma denúncia informando que o homem estaria maltratando o enteado, um adolescente de 13 anos, e que provavelmente o adolescente estaria sendo vítima de estupro de vulnerável.
“No primeiro momento, durante os procedimentos, nós ouvimos a mãe do adolescente que relatou poucas coisas, pois há também denúncias de que ela esteja sendo vítima de violência por parte do médico, e por isso ela teve um pouco de receio de contar mais detalhes sobre o caso”, disse o delegado.
Segundo Valdinei Silva, a mãe da vítima pediu medida protetiva contra o médico com medo de perder a guarda do filho, pois o adolescente foi colocado em uma família substituta provisoriamente. Mesmo com a solicitação da medida protetiva, a mulher voltou a morar com o médico.
“Em um segundo momento, o adolescente foi trazido novamente até a unidade policial pelo Conselho Tutelar, onde relatou que os crimes acontecem desde quando o padrasto começou a morar com a mãe, há 2 anos. Durante o depoimento, a vítima relatou que era obrigada a fazer as tarefas domésticas, e quando ele não as realizava, o homem o agredia ou o trancava em um quarto sozinho por uma semana. Ele disse, ainda, que a sua mãe e o indivíduo mantinham relações sexuais na sua frente”, disse o delegado.
Segundo o delegado, a mãe do adolescente possivelmente sofre violência doméstica, no entanto, a mesma foi omissa em não ter denunciado o caso desde o início. “Ela será indiciada pela omissão, pelo fato não ter denunciado e consequentemente evitar que isso tivesse acontecido”, disse o delegado.