CURITIBA – A temporada 2016 da Stock Car começou sem grandes novidades. Se em 2015 Marcos Gomes fez bonito e terminou como campeão, ao menos na primeira etapa deste ano ele manteve o ritmo e faturou a Corrida das Duplas em Curitiba. O detentor do título contou com auxílio de seu parceiro Antonio Pizzonia para levar a melhor.
Naquela que marcou a despedida do Autódromo Internacional de Curitiba, a corrida foi bastante emocionante, mas no fim a experiência de Pizzonia ajudou e Marcos Gomes subiu ao lugar mais alto do pódio. A segunda posição ficou com Allam Khodair e seu parceiro, o português António Félix da Costa. Ricardo Maurício e Guilherme Salas, que largaram na pole, terminaram em terceiro.
Para ficar com a vitória, Marcos Gomes precisou fazer uma prova de recuperação. Depois de largar em quinto, o atual campeão fez bonito na pista e entregou o carro para Pizzonia na segunda posição. O ex-piloto da Fórmula 1, então, completou o serviço, ultrapassou o jovem Salas e garantiu o triunfo.
“Foi uma grande vitória e bem inusitada. Nunca senti essa emoção de estar na frente com outro piloto guiando o meu carro. O Pizzonia está de parabéns, fez um grande trabalho e, mesmo com uma gripe que eu tive durante a semana, nós conseguimos superar esse desafio”, diz Marquinhos, que venceu pela primeira vez após a conquista do título de 2015.
Essa foi a quarta vitória de Marcos Gomes na Voxx Racing, a 11ª dele na Stock Car. O piloto paulista já havia subido no pódio da Corrida de Duplas em 2014 (3º lugar) e em 2015 (2º lugar). A equipe também comemorou o quarto lugar de Felipe Fraga e Rodrigo Sperafico.
Quem decepcionou foi Rubens Barrichello. O também ex-piloto da Fórmula 1 largou na segunda posição, mas já de início errou e foi parar na grama, sendo ultrapassado por Thiago Camilo. Depois, perdeu terreno também para Khodair e Marcos Gomes. Para piorar, seu parceiro Augusto Farfus foi punido e a parceria terminou apenas na 20ª posição.
Outro que viveu um fim de semana para esquecer foi Cacá Bueno. O piloto já havia enfrentado dificuldades no treino de sábado, cravando apenas a 12.ª posição, e sequer conseguiu completar a prova neste domingo. Seu parceiro, Rodrigo Sperafico, viu o capô voar e ir parar nas arquibancadas e precisou abandonar.
Despedida
O que ficou marcado mesmo foi o clima de nostalgia e de saudade que pairou no Autódromo Internacional de Curitiba, que ontem recebeu sua última corrida da categoria. Em julho, o autódromo será fechado, o que gerou muita tristeza por parte do público, mas principalmente dos pilotos.
“A gente ainda fica na expectativa que tenha mais (corridas), mas deve ter sido mesmo a última. Quem sabe façam um outro autódromo, porque Curitiba não pode ficar sem corridas. Depois que acaba a corrida, a gente lamenta que essa estrutura vá se desmanchar”, disse o curitibando Júlio Campos, da equipe C2 Team, e que não conseguiu terminar a corrida de ontem.
Melhor paranaense entre os pilotos da categoria (o convidado Rodrigo Sperafico terminou em quarto), o também curitibano Ricardo Zonta, que terminou em sexto lugar, lamentou não poder se despedir da casa com um pódio. “A gente queria terminar no pódio para encerrar essa passagem por Curitiba. Chegamos perto, mas não deu. Uma pena, porque vamos sentir muita falta de correr aqui”, afirmou o piloto da Shell Racing.
Polêmica
Vale lembrar que a temporada 2016 da Stock Car já começou envolta em uma grande polêmica. Isso porque no início da semana houve a revelação de troca de mensagens entre comissários de prova sugerindo que eles teriam agido para manipular resultados de corridas. Alguns fiscais inclusive já foram afastados da categoria.