Da Redação
MANAUS – O deputado federal Marcelo Ramos (PR-AM), presidente da Comissão Especial que vai analisar o mérito da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, disse, em entrevista ao jornalista Josias de Souza, publicada neste sábado, 27, que a grande maioria das bancadas negou os cargos oferecidos pelo Governo Bolsonaro para o terceiro escalão do governo.
“Nós não estamos votando a reforma da Previdência em troca de cargos, até porque a grande maioria das bancadas negou os cargos que foram oferecidos. A nossa bancada do Amazonas disse: ‘Não queremos indicar ninguém. Eu não quero nenhum cargo nesse governo; eu não quero ser desse governo”, disse o parlamentar, em entrevista em vídeo.
O parlamentar disse que governar junto e distribuir cargos com aliados é republicano, mas oferecer cargo de terceiro escalão para alguém indicar um amigo, um parente ou um apadrinhado, não é. “O que o governo tá fazendo não é nova política”, disse.
Sobre a reforma da Previdência, Marcelo Ramos disse que a aprovação da admissibilidade na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) na quarta-feira, 24, não pode ser contabilizada como vitória do governo.
“A reforma na CCJ não foi aprovada pelo governo. Foi aprovada pelo desejo médio dos parlamentares de ajudar o país”, disse.
O parlamentar afirma que o governo não tem voto no Congresso Nacional. Nem o governo nem a oposição tem voto para aprovar ou rejeitar nada.
“Isolem a oposição. A oposição não tem voto para inviabilizar nada. Isolem o PSL. O PSL não tem voto para aprovar nada. Foquem toda a análise de vocês no centro porque é o centro que tem voto para aprovar ou não. Esse centro tem feito um discurso responsável com o futuro do país”, afirmou.