Da Redação
MANAUS – O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) reconheceu o Amazonas como Estado livre da praga cancro cítrico, que ataca frutos cítricos como laranja e limão. A condição de região livre está na Instrução Normativa (IN), n° 37 de 5 de setembro de 2016, do Mapa.
O cancro cítrico, causado pela bactéria Xanthomonas citri subsb. Citri é originário da Ásia, conhecida no Brasil desde 1957 e ataca todos os frutos cítricos levando à perda das folhas e ao surgimento de lesões salientes em frutos e ramos.
De acordo com Luiz Fernando, gerente de defesa vegetal da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf), após a consolidação dos dados levantados e obtidos através de inspeções fitossanitárias, foi encaminhado o relatório à Superintendência Federal de Agricultura do Amazonas (SFA-AM) para a solicitação do reconhecimento do status fitossanitário de área com praga ausente para o cancro cítrico. A partir de então, o Mapa reconheceu o Estado do Amazonas como área livre através da Resolução n° 15 de 11 de setembro de 2017.
“Com o reconhecimento desse status de praga ausente para o cancro cítrico, os produtores rurais do Amazonas poderão exportar seus frutos cítricos, sendo que o Estado poderá continuar emitindo a Permissão de Trânsito Vegetal (PTV) para outras regiões”, comentou.
Para o alcance deste status, segundo o diretor presidente da Adaf, Hamilton Casara, o foram coletadas amostras nos cinco municípios com maior produção de frutos cítricos: Rio Preto da Eva, Manacapuru, Manaus, Iranduba e Presidente Figueiredo. Ao todo 136 unidades entre propriedades comerciais de cítros e viveiros foram inspecionadas para verificar a inexistência dos sintomas da praga. “O grande triunfo deste trabalho é que nós não seremos interrompidos com a nossa emissão de trânsito vegetal, se caso não estivéssemos obtido o reconhecimento, a nossa exportação de frutos iriam cessar. É um ganho para o Amazonas e especialmente aos nossos citricultores”, disse Casara.