Da Redação
MANAUS – Manaus é a terceira cidade mais competitiva na Região Norte entre os municípios, atrás de Gurupi e Palmas, ambas no Tocantins. A capital amazonense recebeu nota 47,93 no Ranking de Competitividade dos Municípios, elaborado pelo CLP (Centro de Liderança Pública) em parceria com a Gove e o Sebrae.
O estudo analisa a capacidade competitiva das 405 cidades brasileiras com mais de 80 mil habitantes. Dos 38 municípios da Região Norte analisados, nenhum está entre os 60 primeiros colocados.
No Amazonas, Itacoatiara aparece em 19º lugar na região, à frente de Coari (25ª) e Parintins (28ª).
Saneamento
Quando se trata de Saneamento e Meio Ambiente, Itaituba (PA) e Manacapuru (AM) estão nas últimas colocações. Considerando somente as capitais, na Região Norte, Palmas ficou na 7ª posição, seguida de Manaus (16ª), Boa Vista (21ª), Rio Branco (22ª), Belém (24ª), Porto Velho (25ª) e Macapá (26ª).
O levantamento tem o objetivo de mostrar como a competição no setor público é um elemento fundamental à promoção da justiça, equidade e desenvolvimento econômico e social dos municípios para garantir serviços públicos de mais qualidade à população.
Piores do ranking
As cinco cidades menos competitivas estão no Pará, respectivamente: Marituba, Tucuruí, Abaetetuba, Tailândia e Moju.
Entre os mais competitivos, Barueri (SP) é o líder do ranking seguido por São Caetano do Sul (SP), São Paulo (SP), Florianópolis (SC) e Curitiba (PR).
As cidades foram avaliadas a partir de 55 indicadores, distribuídos em 12 pilares temáticos e três dimensões consideradas fundamentais para a promoção da competitividade e melhoria da gestão pública dos municípios brasileiros.
Os pilares são: Sustentabilidade Fiscal, Funcionamento da Máquina Pública, Acesso à Saúde, Qualidade da Saúde, Acesso à Educação, Qualidade da Educação, Segurança, Saneamento e Meio Ambiente, Inserção Econômica, Inovação e Dinamismo Econômico, Capital Humano e Telecomunicações.
Na lista nacional, os municípios melhores colocados na Região Norte são: Palmas (TO) em 67ª, Gurupi (TO) em 185ª, Manaus é a 191ª, Cacoal (RO) 240ª e Boa Vista (RR) na 241ª posição.
O município menos competitivo, Moju (PA), ficou na última colocação tanto na dimensão Sociedade quanto em Economia, além de estar entre as últimas colocações na dimensão Instituições (393ª colocação). Tailândia (PA) está na penúltima colocação apresentando resultados ruins em todas as dimensões.
A terceira pior colocação no ranking geral para o município de Abaetetuba (PA) se justifica por ocupar algumas das últimas posições na dimensão Instituições e na dimensão Economia (401ª e 402ª colocação, respectivamente), alinhado ao desempenho insatisfatório na dimensão Social (384ª colocação).
O município de Tucuruí (PA) está na última colocação na dimensão Instituições e também ocupa as últimas posições nas outras dimensões (383ª em Sociedade e Economia).
Marituba (PA) apresenta colocações desfavoráveis em todas as três dimensões: ocupa 398ª colocação em Instituições, 386ª em Sociedade e 396ª em Economia. Abaetuba (PA), Tailândia (PA) e Tucuruí (PA) estão entre as cidade com pior performance no pilar de Sustentabilidade Fiscal.
Gestão pública
Nesse quesito, nenhuma cidade da Região Norte ficou no topo do ranking. Breves e Moju, também do Pará, estão no final da lista no pilar Acesso à saúde. Em Acesso à Educação, Breves (PA) novamente aparece com os piores indicadores, ao lado de São Félix do Xingu (PA).
“Depois de nove edições do Ranking de Competitividade dos Estados decidimos ampliar a análise competitiva da gestão pública também para a esfera municipal. Os recém-eleitos podem obter um amplo mapeamento dos desafios, direcionando, de forma mais precisa, a atuação das lideranças municipais para planejamento e atuação para aquilo que é prioritário”, disse Tadeu Barros, diretor de Operações do CLP.
“Na outra ponta, além de atrair novas empresas, também é uma ferramenta para cidadãos avaliarem e cobrarem de forma eficiente o desempenho dos formuladores de políticas públicas”, afirma.