Da Redação
MANAUS – Com gasto per capita de R$ 22,75, famílias de Manaus são a quarta com menos endividamentos, mostra estudo da CNC (Confederação Nacional do Comércio). As menos endividadas são Boa Vista (R$ 13,55), Belém (R$ 20,14), Teresina (R$ 21,80) e Palmas (R$ 23,56).
O estudo envolveu dados de 2020/2021, quando a variação dos preços chegou a 10,06%. As cinco capitais nas quais o patamar de endividamento da população se apresenta mais elevado são Brasília, Florianópolis, Recife, Curitiba e Vitória. O levantamento foi realizado pela Geofusion, especializada em pesquisas geográficas.
Segundo a pesquisa, 75,6% das famílias têm alguma conta ou prestação atrasada e com dificuldade de saldar seus compromissos (o Sebrae aponta que a inadimplência cresceu 3,37% e atinge mais de 63 milhões de pessoas).
“O estudo leva em consideração a tomada de empréstimos para o pagamento de débitos, juros e seguros com dívidas pessoais e prestação de financiamento de imóveis. Em todas as capitais e no Distrito Federal, verificamos variação de cerca de 17% no ticket per capita com esse tipo de gasto, quando comparados os anos de 2021 e 2020”, disse Susana Figoli, diretora de Inteligência de Mercado da Geofusion, em nota divulgada pela CNC.
Segundo o levantamento, a média mensal de gasto per capita com esse tipo de despesa ficou em R$ 179,18 em Brasília; R$ 172,68, em Florianópolis; R$ 146,48, no Recife; R$ 145,98, em Curitiba, e R$ 126,44, em Vitória.
São Paulo e Rio de Janeiro, as cidades mais populosas do país, mantiveram em 2021 ritmo de endividamento médio, sem grandes alterações. A capital paulista apresentou variação ligeiramente maior, com o ticket per capita mensal que passou de R$ 88,27 para R$ 100,24. Já na capital fluminense, o ticket per capita mensal foi de R$ 75,17 para R$ 88,51.
A parcela das famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que permanecerão inadimplentes também acirrou-se ligeiramente na passagem mensal, com aumentou de 0,1 ponto percentual (de 10% para 10,1% do total de famílias). Na comparação anual, entretanto, a proporção deste janeiro ainda está 0,8 ponto abaixo da observada em janeiro de 2021.