Da Redação
MANAUS – No Amazonas, a maioria (70%) dos infectados pelo novo coronavírus é na faixa etária dos 20 aos 59 anos, e que abrangem a maior parte da população economicamente ativa no estado e a parcela com a menor adesão às medidas de isolamento social, segundo a FVS (Fundação de Vigilância em Saúde).
Entre os casos graves, pessoas do sexo masculino são maioria com 64% dos registros. Com relação à idade, 48,1% dos pacientes internados são da faixa etária acima dos 60 anos.
Os dados constam no 7º do Boletim da Situação Epidemiológica de Covid-19 e Síndrome Respiratória Aguda Grave divulgado pela FVS nesse sábado, 9. A análise compreende o período de 13 de março, quando houve o primeiro caso confirmado da doença no Amazonas, até 6 de maio. A próxima edição será divulgada no dia 19 de maio, quando o boletim será atualizado de acordo com as semanas epidemiológicas.
Conforme o boletim, a epidemia pelo novo coronavírus está em fase de progressão, tanto em Manaus como no interior. Do total de casos confirmados, 40% são de residentes do interior.
O perfil epidemiológico das mortes por Covid-19 considera um tempo médio de dez dias entre o início dos sintomas e a morte pela doença. A taxa de letalidade no estado, isto é, a proporção entre casos confirmados e óbitos, é de 8,1%. Do total de óbitos pela doença, 5% ocorreram após 48 horas da data de início dos sintomas. Os sinais e sintomas mais frequentes entre os casos graves foram febre (92,3%), tosse (91,6%), desconforto respiratório (83,5%) e dificuldade em respirar (83,1%).
Síndrome respiratória
O estado também enfrenta uma epidemia de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) pode levar a complicações clínicas e internações hospitalares. “A maioria das infecções por SRAG é de origem viral. Dentre elas, Influenza A e B, Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Adenovírus, Parainfluenza, Coronavírus e Metapneumovírus são as mais frequentes”, explicou diretora-presidente da FVS, Rosemary Costa Pinto.
Em 2020, até o dia 6 de maio, foram notificados 3.952 casos que atendem à definição de SRAG, um aumento de 173% em comparação com os registros do mesmo período de 2019, quando foram notificados 1.450 casos. Em relação aos óbitos por SRAG, foram registrados no período 759 óbitos, enquanto que em 2019 ocorreram 71, o que representa um aumento de 969%.
Considerando a distribuição dos casos notificados de SRAG por faixa etária, em 2020, os adultos entre 40 e 59 anos e idosos (com 60 anos ou mais) foram as faixas mais afetadas e que apresentaram maior variação, com aumento de 1.623% e 1.683%, respectivamente.
Confira o boletim na íntegra.