Por Sofia Aguiar, Caio Spechoto e Aline Bronzati, do Estadão Conteúdo
NOVA YORK – O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a afirmar que a democracia cometeu uma “falha” no mundo e deu lugar à ascensão da extrema direita.
Ao enaltecer a presença dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em Nova York, Lula afirmou que a política é a “arte da convivência democrática entre opostos”.
“Estou muito feliz nessa viagem porque, mais uma vez, pude contar com a presença do presidente do Senado e da Câmara. Eu fiz questão de convidá-los porque é muito importante a imagem que a gente possa passar para o mundo, e para o Brasil, de que a gente consegue exercer a democracia na sua plenitude, mesmo em situações adversas”, disse o presidente, em coletiva de imprensa realizada em Nova York, após ter participado de atividades relativas à Assembleia Geral das Nações Unidas nesta quarta-feira (25).
Lira e Pacheco chegaram junto com o chefe do Executivo à coletiva e acompanham a declaração.
Na fala, Lula comentou sobre o trabalho do governo e citou a aprovação da reforma tributária no Congresso brasileiro. Em sua avaliação, “política é exatamente isso: é a arte da convivência democrática entre opostos, contrários, e isso que dá dinamismo à democracia”.
O presidente citou o encontro que teve na tarde de terça-feira (24) denominado ‘Defesa da Democracia, Combatendo os Extremismos’. “Em algum momento, a democracia cometeu uma falha que permitiu que pessoas extremistas e de extrema direita pudessem questionar a própria democracia, o sistema”, comentou.
Ao destacar a importância da democracia, Lula disse que a defesa ao sistema faz parte de uma discussão muito séria. “Considero a democracia o sistema de governo mais extraordinário que se inventou”.